A forma como os brasileiros pesquisam e escolhem produtos está passando por uma revolução impulsionada pela Inteligência Artificial (IA), e essa mudança já está ocorrendo. Segundo a pesquisa “Inteligência Artificial na Vida Real 2025”, realizada pela Talk em parceria com a Tera e o Instituto Kunumi, e apresentada no espaço de network e relacionamento da Cadastra - empresa global que resolve desafios de crescimento - 40% dos consumidores no Brasil afirmam já utilizar ferramentas de IA generativa, como ChatGPT e Gemini, para buscar informações sobre produtos que desejam comprar, seja diariamente ou semanalmente.
O estudo mostra que a motivação principal desse comportamento é a praticidade: 45% afirmam recorrer à IA para economizar tempo e 34% para reduzir o esforço da busca. Além disso, 33% dizem que a tecnologia ajuda a comparar diferentes opções de forma mais fácil.
Para o CIO da Cadastra, Adilson Batista, o dado reforça uma mudança de paradigma. “Estamos diante de um consumidor que não apenas pesquisa no Google ou em sites de comparação, mas que conversa com a tecnologia para validar suas escolhas. A busca de compra deixa de ser um processo puramente de pesquisa e se torna interativa, quase uma consultoria personalizada em tempo real”, afirma.
Neste cenário, conceito de GEO (Generative Engine Optimization), abordagem que ajuda empresas a manterem suas marcas visíveis nas respostas geradas por inteligência artificial se fortalece, tornando-se essencial para marcas que querem continuar relevantes. “O consumidor não deseja mais receber links e sim retornos contextualizados. É preciso, cada vez mais, adaptar-se a essa realidade para continuar sendo competitivo”, explica o CIO da Cadastra.
Apesar da adesão crescente, a confiança na IA para recomendar produtos ainda não supera a dimensão humana. Amigos, familiares e especialistas continuam sendo as fontes de maior credibilidade, mas o estudo mostra que a IA já aparece no mesmo patamar de vendedores de loja física – sinal de que seu papel como apoio na jornada de compra está em plena expansão.
Essa expansão, no entanto, esbarra em um ponto sensível: a transparência. Em relação às recomendações personalizadas, apenas 31% aceitariam esse tipo de sugestão caso houvesse clareza sobre o uso de seus dados, o que reforça a confiança como condição indispensável para a adesão plena.
“O desafio daqui para frente será equilibrar conveniência com confiança, garantindo que a personalização venha acompanhada de ética e transparência – fatores decisivos para que o consumidor veja valor real na inteligência artificial”, conclui Adilson.
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