De acordo com o presidente da T-Systems do Brasil, Ideval Munhoz, com a consolidação da divisão M2M, a companhia se posiciona para atuar em um mercado que, ao contrário do que muitos acreditam já está em ebulição. “Um estudo recentemente divulgado pela Analisys Mason* aponta que, já este ano, o mercado de conexões máquina a máquina deverá movimentar US$ 10 bilhões”, afirma.
Munhoz lembra que o mesmo estudo aponta que o utilities já é o setor em que o volume de conexões M2M mais cresce e será o responsável por 67% do volume global de conexões até 2023. Além deste, os setores automotivo e de transporte responderão por 28% da receita total do setor em 2013. “Há mais de 20 anos atuamos em projetos de missão crítica para coleta de dados em chão de fábrica e estamos trabalhando em projetos muito interessantes nos setores automotivo e manufatura. Temos hoje uma equipe com mais de 50 profissionais altamente capacitados em coleta de dados de produção, monitoria de dispositivos e gestão completa do processo fabril”, revela Munhoz.
Projetos diferenciados
O que a T-Systems do Brasil chama de M2M vai além do conceito que vem sendo explorado pelas operadoras de celulares. Na nova divisão, o conceito é a base para o desenvolvimento de projetos diferenciados voltados para o mercado corporativo.
De acordo com o diretor da divisão M2M da T-Systems do Brasil, Carlos Ribeiro, a equipe de 14 profissionais formada por ele tem se dedicado ao desenvolvimento de soluções específicas para setores como automotivo, manufatura, logística e saúde. “Estamos falando de máquinas e dispositivos técnicos como veículos, containers, medidores de energia e sistemas de alarmes e sensores, trocando dados automaticamente entre si e com computadores, o que acarretará na evolução do mercado M2M e em uma nova revolução tecnológica, que mudará nossas vidas e corporações: a Internet das Coisas”, explica Ribeiro.
O executivo lembra que essa troca vai permitir que as máquinas se comuniquem umas com as outras em escala global, realizando diagnósticos, manutenção remota de equipamentos e coleta automática de dados de consumo, como água e luz. “Essas são apenas algumas das aplicações que estão começando a se tornar parte de nosso dia a dia”, afirma.
Para atender a demanda, que já é real, a divisão M2M da T-Systems do Brasil desenvolveu uma série de soluções com aplicações práticas em diversas áreas, como:
• Serviços de visibilidade corporativa com RFID – o uso da identificação por radiofreqüência permite aplicações como gestão física de ativos; gestão de embalagens retornáveis; e gestão de pátios, entre outras.
• Automotivo e Manufatura – sistema de produção baseado em RFID, para monitoramento remoto da infraestrutura técnica de automação industrial, que traz como ganho uma visão geral sobre os equipamentos, maior segurança, redução da manutenção e custos operacionais.
• Varejo e comércio – no setor, as soluções M2M podem ser utilizadas por meio de monitoramento remoto automático ou de processos de controle e automação, em aplicações como gestão serializada de itens de asset management; visibilidade logística com RFID; e monitoramento de instalações, entre outras.
• Saúde – ao permitir a comunicação remota entre objetos hospitalares, a plataforma M2M permite combinar várias informações relativas ao bem físico (ativo), como localização, identificação e status. Essas combinações são úteis em aplicações como gerenciamento de bens e ativos, usando tags RFID, monitoramento de condições ambientais; e fluxo de pacientes e médicos.
• Transporte e logística – as soluções M2M podem ser utilizadas para monitorar as condições itinerárias de ativos em tempo real, como rastreamento e monitoramento de veículos/mercadorias e gestão de pátios com radio frequência.
• Energia – aqui, o M2M é usado nas chamadas redes inteligentes, melhorando a oferta do serviço e permitindo o consumo de forma mais eficiente. Para isso, conta com aplicações de monitoramento e controle do consumo de energia em tempo real; smart metering (medição inteligente, com comunicação automática entre o consumidor e os prestadores de serviço) e gestão de ativos físicos (bens e patrimônios).
“Com esses serviços e o desenvolvimento de um trabalho em conjunto com parceiros estratégicos, temos a expectativa de conquistar 25 novos clientes nos próximos 12 meses”, afirma Ribeiro. De acordo com o executivo, vários pilotos e projetos já estão em andamento, mostrando o acerto da estratégia que levou à criação da divisão.