Por Mariane Takahashi
Por suas características específicas, as indústrias do setor de óleo, gás e energia enfrentam desafios constantes, como altas variações nos preços das commodities e a missão de melhorar suas responsabilidades ambientais. Além disso, independente do tamanho, geografia ou produto, outra dificuldade enfrentada está no fato das companhias e trabalhadores, na maioria das vezes, encontrarem-se dispersos em plataformas offshore, localizadas em regiões de difícil acesso, sujeitas a desastres e até politicamente instáveis.
Diante desse cenário, como é possível tornar as operações do setor mais eficientes e competitivas? Como incrementar as operações e, ao mesmo tempo, ser capaz de reagir às situações de emergência e garantir a segurança dos colaboradores? A vídeo colaboração pode ser a resposta, desempenhando um papel importante e contribuindo para o gerenciamento de algumas dessas barreiras.
Ajudando a superar distâncias e promovendo a colaboração com a mesma sensação de proximidade de um encontro presencial, a comunicação via vídeo já contribui hoje, globalmente, para a otimização de diversos projetos do setor de energia em todas as suas etapas, o que inclui as fases de exploração e planejamento até o desenvolvimento e produção. Geólogos a quilômetros de distância podem analisar imagens em alta definição de espécimes encontradas no oceano, por exemplo, e assim acelerar o processo de tomada de decisão. E o que é melhor, a um custo bem menor de que se fosse necessário o deslocamento desse profissional ainda durante a fase de exploração. É possível também determinar, em tempo real, se um local de exploração adapta-se às características específicas ou quão prontamente um produto pode ser extraído e, mais do que isso, quão difícil seria para refiná-lo.
Ainda do ponto de vista de gestão, para atingir a rentabilidade ideal, as empresas de energia necessitam aprimorar a forma como gerenciam seus estoques, tornando mais preciso o abastecimento e coordenando a demanda. Portanto, uma resposta mais rápida ao mercado e uma gestão de suprimentos mais sólida é crucial para essas empresas. Empregando a vídeo colaboração, é possível manter o fluxo de informações entre os diversos pontos de exploração e locais de produção além de possibilitar uma comunicação efetiva entre funcionários, fornecedores, vendedores e clientes.
Mudando totalmente a aplicação, plataformas de petróleo são instalações bastante complexas e algumas, principalmente as de tamanho maior, podem incluir a produção e armazenagem de óleo e gás à alta pressão, perfuração de poços e obras de construção e manutenção. Desta forma, por operarem distantes da costa e de socorros imediatos, necessitam de certo grau de autonomia no caso de incidentes. O princípio fundamental é assegurar que os recursos necessários para conter uma situação de emergência ou mesmo evitar grandes desastres sejam acionados a qualquer momento e que, principalmente, essa seja uma comunicação rápida, direta, transparente e de alta qualidade.
O trabalho em unidades de processo como as plataformas de petróleo é simultaneamente contínuo, complexo, coletivo e perigoso. Embora conte com enfermeiros em sua equipe, o acesso aos profissionais e serviços médicos sofisticados nas plataformas é limitado. Quando os trabalhadores ficam doentes ou sofrem algum ferimento, os atendimentos médicos precisam ser feitos in loco ou então por telefone, o que certamente não dá a dimensão exata do quadro clínico dessa pessoa. Soluções de telemedicina em alta definição oferecem imagens realistas e acesso instantâneo aos especialistas médicos em hospitais de grandes centros, que podem rapidamente e corretamente diagnosticar pacientes e prestar atendimentos em situações em que minutos são cruciais.
Sendo assim, por ser capaz de permitir diversas aplicações e trazer benefícios intangíveis, as soluções de vídeo, voz e de comunicação unificada (UC) promovem um acompanhamento mais rápido dos resultados da produção, melhorando assim a eficiência operacional das indústrias do setor de óleo, gás e energia, desenvolvendo e retendo o conhecimento de toda a cadeia.
Mariane Takahashi é diretora de marketing América Latina e Caribe da Polycom