Banco de Dados open source: Por que essa não é a melhor solução para sua empresa

*Por André Yi

A atual conjuntura econômica do Brasil tem tirado o sono das empresas, que estão enfrentando cada vez

Database table
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mais dificuldades para fazer novos negócios. Some ainda o anúncio divulgado recentemente pela Presidência sobre o corte de 20% no orçamento de TI e a demanda urgente de redução de custos no setor para fechar as contas no azul no fim do ano. Com tal cenário que exige rápidas adequações do setor público e privado, é preciso muita cautela para que o resultado não seja negativo. Em momentos como esse, soluções paliativas podem se apresentar como ideais para resolver o problema, mas, na verdade, podem agravá-lo ainda mais.

A escolha de um fornecedor de banco de dados encaixa-se perfeitamente nesse cenário. Em um momento no qual cortar custos é a palavra de ordem, CIOs podem recorrer a adoção de um modelo open source. Sem taxa de licenciamento, ele se torna atrativo para as empresas, mas optar por esse modelo pode não ser uma boa decisão, já que outras despesas fantasmas podem – e irão – assombrar o orçamento no meio do caminho.

Ao adotar um banco de dados dessa modalidade, a empresa pode ser surpreendida pela necessidade de contratação de uma equipe de suporte técnico especializada e dedicada à solução escolhida. Isso requer um gasto considerável em contratações, treinamentos e manutenção do produto, o que inclui a responsabilidade pelas instalações e atualizações necessárias para manter produto rodando. Além disso, a resolução rápida de problemas - como a indisponibilidade – pode ficar comprometida, já que as soluções precisam ser procuradas em fóruns de programação na internet, uma vez que os bancos de dados open source sofrem alterações constantemente.

Existem também outros fatores que devem ser levados em consideração, como: o código fonte aberto, que diminui a segurança dos dados, e regras de licenciamento, que podem engessar o atendimento da demanda. Por tudo isso, costumo fazer duas perguntas quando comento sobre a relação custo x benefício de um banco de dados open source: “Qual é a importância do seu negócio? ” e “Quanto tempo você pode ficar com o seu negócio parado?”. Não é difícil prever que a resposta dada por qualquer executivo é que o negócio é de extrema importância e que a solução deve auxiliar em seu crescimento, e não engessar a operação. Assim, não temos espaço para assumir riscos e a melhor opção é adotar um banco de dados fornecido por uma empresa especializada.

Ao adotar esse modelo, o custo benefício é elevado, já que a taxa de licenciamento é compensada pela tranquilidade de ter atualizações e instalações realizadas pelo próprio fornecedor. Isso garante que o produto seja certificado e avaliado sob as melhores práticas do mercado, além de ser flexível para o melhor ajuste à necessidade do negócio. Além disso, despesas com suporte técnico já estão inclusas nos custos de manutenção, o que permite aos CIOs saberem exatamente o quanto está sendo investido e projetar quanto mais será necessário para manter o produto funcionando.

Nesse contexto, outro ponto importante que deve ser considerado ao adotar um banco de dados é a performance. Em softwares corporativos, priorize aqueles que contam com alta disponibilidade em ambientes clusterizados usando discos compartilhados. Dessa maneira, se um servidor cai, a solução se encarrega de utilizar outro, evitando que as tarefas sejam interrompidas.

Em suma, reduzir o custo de TCO (Total Cost of Ownership) requer mais do que adotar aplicações que ofereçam uma mudança a curto prazo. É preciso cautela e controle de riscos. Por isso, ao considerar ajustes em suas ferramentas de TI – principalmente a de banco de dados –, opte por uma que garanta segurança, rapidez na solução de problemas e que ofereça uma infraestrutura completa de acordo com a necessidade do negócio.

*André Yi é COO da TmaxSoft Brasil.

 

 

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