*Por Antonio Cangiano
A criptografia é uma técnica pré-histórica, usada pelos nossos ancestrais em pinturas rupestres e chegou até nós ao longo de milhares de anos. Chegamos então a essa era da conectividade, da rede mundial, que de uma hora para outra fez tudo parecer mais prático e simples.
Essa nova tecnologia traduz na verdade uma ponte entre o presente e o futuro. Primeiro porque ela já existe e está utilizável em sua plenitude, segundo porque seu uso ainda presenta uma ínfima possibilidade de aplicações no futuro. Essa nossa tecnologia, baseada na matemática e suportada por algoritmos potentes, tem a simples função de permitir uma assinatura, como a de próprio punho, mas não no papel e sim na internet, de forma virtual e que dispensa a presença física. Por isso está aberta essa janela sobre uma infinidade de possibilidades de aplicações do benefício.
Todas as transações comerciais, pessoais, contratos de todo tipo, de compra e venda, de transferência de bens passaram a contar com esse meio seguro e dispensando a necessidade de assinaturas presenciais. O uso da certificação digital permite que em meio virtual, digital, se tenha a certeza da identidade das partes que se conectam, além da garantia jurídica dos conteúdos e legalidade de todo papel assinado por esse sistema.
Estamos falando de tecnologia avançada e futurista. É como uma cadeia evolutiva, como uma história de nossa cultura nesse segmento, que desde as cavernas nos dá o suporte histórico, da pintura rupestre, do papiro e hoje com a gradual substituição do papel. A ciência matemática, computacional elevada, permite que chaves criptográficas, assimétricas, cifrem conteúdos e assinaturas e garantam o futuro de contratos e garantia de identidades de partes envolvidas em negócios ou em relacionamentos na internet.
Esse é o futuro que a maioria almeja, onde todos os direitos e obrigações, quer sejam públicas ou privadas, sejam possíveis pela rede mundial de computadores. Que as operações se concretizem num click, sem a necessidade de sair de casa ou do escritório, sem filas nem demoras, sem burocracia, tudo em meios sustentáveis, social e ambiental.
*Por Antonio Cangiano é diretor-executivo da ANCD – Associação Nacional de Certificação Digital