Relatório mostra expansão global do cibercrime

A McAfee apresentou seu Relatório da McAfee sobre Ameaças: Terceiro trimestre de 2012 (em inglês). A análise revela que ataques móveis quase dobraram de volume em relação ao trimestre anterior, além de apontar novos detalhes da Operação High Roller e um recorde histórico em violações de bancos de dados. O McAfee Labs constatou ainda aumentos expressivos em algumas categorias de malware, incluindo ransomware (vírus sequestradores) e binários assinados. As ameaças para Mac e os rootkits apresentaram crescimento, enquanto vírus de AutoRun e cavalos de Troia para roubo de senhas também continuam em alta.

“O cibercrime não dá sinais de desaceleração”, afirma Vincent Weafer, vice-presidente sênior do McAfee Labs. “Os cibercrimes, o hacktivismo e a ciberguerra estão em um estado contínuo de evolução. Tanto governos e grandes companhias quanto pequenas empresas e usuários domésticos enfrentam ampla variedade de ameaças digitais, conforme os cibercriminosos obtêm mais informações sobre suas vítimas e tiram proveito das mais recentes ferramentas de exploração e plataformas de ataque para lançar novos malwares. Precisamos nos conscientizar dos riscos on-line para prevenir e combater essas ameaças.”

Trimestralmente, cerca de 500 pesquisadores multidisciplinares do McAfee Labs em 30 países acompanham diversas ameaças em tempo real, identificando vulnerabilidades em aplicativos, analisando e correlacionando riscos e permitindo correções instantâneas para proteger as empresas e o público. No terceiro trimestre de 2012, o McAfee Labs identificou as tendências abaixo listadas.

·      Quadrilha de fraude financeira amplia seu alcance mundial: os ataques de fraude financeira on-line espalharam-se por todo o mundo no terceiro trimestre deste ano. Pesquisas indicam que o ataque denominado Operação High Roller, uma fraude financeira identificada no início deste ano pelo McAfee Labs e pela Guardian Analytics, espalhou-se para além da Europa, incluindo Estados Unidos e Colômbia. Os golpistas estabeleceram um sistema de transferência automática (ATS), que foi utilizado para atacar instituições financeiras europeias, e escolheram como alvo uma grande instituição financeira multinacional dos EUA.

·      O ransomware continua a evoluir: no terceiro trimestre, o número de amostras exclusivas de ransomware (ameaças que extorquem dinheiro de suas vítimas) cresceu em mais de 43%, tornando-se uma das áreas de maior crescimento de golpes on-line. Os dispositivos são infectados por meio de links em emails e redes sociais, downloads de passagem e métodos de pagamento por instalação. A maior parte desse tipo de malware acusa o usuário de visitar sites ilegais, bloqueia o computador e, então, exige um pagamento para desbloquear o dispositivo.

·      O malware “Zoo” atinge a marca de 100 milhões: embora o crescimento da ameaça tenha desacelerado no terceiro trimestre, o volume do ataque “Zoo” chegou a 100 milhões de amostras, conforme previsto. Este malware para dispositivos móveis quase dobrou em relação ao total do trimestre anterior, sendo que a plataforma Android continuou como alvo preferencial. O McAfee Labs agora constata uma média de 100.000 novas amostras de vírus por dia. Desde janeiro, o malware assinado dobrou, com implicações para a infraestrutura global de confiabilidade.

·      Violações de bancos de dados têm recorde histórico: o número total de violações de dados em 2012 já ultrapassou o registrado em todo o ano de 2011. Neste ano, quase 100 novas vulnerabilidades relacionadas a bancos de dados foram descobertas ou corrigidas pelos desenvolvedores.

·      Malwares indetectáveis apresentam crescimento contínuo: com evolução contínua no terceiro trimestre, esse tipo de ataque indetectável é conhecido como uma das classificações mais nocivas por ser desenvolvido para se manter oculto.

·      As ameaças da Web aumentam 20%: entre ameaças na rede e em mensagens, o terceiro trimestre apresentou crescimento de 20% em URLs suspeitos, com um grande número de malwares hospedados nesses endereços. Quase 64% dos URLs suspeitos recém-descobertos estão localizados na América do Norte.


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