Neste mês de novembro, a recém criada Tacira, empresa brasileira especializada em smart cities, anuncia duas iniciativas simultâneas que impulsionam sua estratégia internacional. O início de operações do escritório em Londres, Inglaterra, e a participação no maior evento de cidades inteligentes do mundo, o Smart City Expo World Congress, em Barcelona. A Tacira é a única empresa brasileira especializada em cidades inteligentes com estande próprio e seu CTO, Washington Tavares, realizará uma conferência sobre projetos de smart cities desenvolvidos para geração de valor ao cidadão e as experiências em curso nas cidades brasileiras.
Além de Tavares, a presença na Europa dos executivos Katia Galvane, CCO e Bruno Musa, CFO, tem o intuito de iniciar conversas e avançar em tratativas para a formalização de parcerias internacionais com players experientes que possam abrir frentes em países europeus e latino-americanos. A Tacira pretende fechar um primeiro contrato para desenvolvimento de projeto de cidade inteligente na Europa até julho de 2016.
Com a sede internacional, a direção da Tacira pretende dar os passos iniciais para absorver conhecimentos sobre o desenvolvimento dos negócios relacionados às cidades inteligentes na Europa. Para isto, já conta com uma parceria estratégica com a Red Mill Associates, empresa que apoia no desenvolvimento de produto, marketing, imagem e relações comerciais. De acordo com Tavares, a estrutura criada em Londres funcionará como canal de relacionamento e abertura de oportunidades comerciais e tecnológicas. “Nosso objetivo é contar com nossos parceiros na região para entender a melhor forma de introduzir nossa plataforma naquele mercado”.
De acordo com Katia Galvane, as realizações da Tacira em cidades como Itatiba, Lavras e Águas de São Pedro são objetos de interesse quando apresentados na Europa. “Nossos projetos, focados em serviços para os cidadãos, como o de uma praça digital, são muito atrativos. Em países mais avançados, ao contrário, os planos de cidades inteligentes são sempre grandiosos e complexos e com isso, muitas vezes, eles não conseguem entregar o básico.” Ela destaca que serviços digitais que proporcionam valor direto ao cidadão “são mais tangíveis e aproximam-se mais do cotidiano das pessoas.”
Tavares ressalta que a Tacira nasceu e cresceu por causa do cidadão. “Nós entendemos o que realmente é importante dentro de quatro verticais estratégicas: segurança, educação, saúde e locais inteligentes, e trazemos o resultado dentro do contexto local, por meio de uma plataforma horizontal. Por acontecer de forma muito rápida, os gestores ficam deslumbrados, acham totalmente diferente”, complementa.
De acordo com os executivos, o objetivo da Tacira é atuar em projetos para municípios que ainda não estejam trabalhando esse conceito. O foco serão cidades de 200 mil habitantes, como Liverpool, onde ainda não existem serviços digitais disponíveis aos cidadãos, porém com ótima infraestrutura.
“A praça digital que criamos em Itatiba é ligeiramente menor do que seria um projeto em Liverpool, por exemplo. Mas são experiências correlatas. Isso quer dizer que este tipo de projeto é viável em qualquer cidade desse porte na Europa ou América Latina”, complementa Tavares.