Não caia neste golpe! Especialista indica os 5 golpes mais comuns aplicados via smartphones 

Não caia neste golpe! Especialista indica os 5 golpes mais comuns aplicados via smartphones 

Em um mundo cada vez mais conectado é quase impossível imaginar uma vida sem um aparelho celular. A população brasileira, por exemplo, gasta aproximadamente 5,4 horas por dia usando apps e navegando na internet pelo smartphone e está no topo da lista dos dez principais mercados móveis do mundo, de acordo com dados do relatório State of Mobile 2022, da empresa de análise de aplicativos App Annie. 

Esse é um mercado que brilha os olhos de fraudadores, afinal estamos falando de um país que possui mais smartphones do que habitantes. Segundo levantamento da Fundação Getúlio Vargas (FGV), no país há 242 milhões de celulares em uso, enquanto a população, segundo projeção do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é de 214,6 milhões de pessoas.

Os criminosos se mostram cada vez mais capazes de executar ações fraudulentas de forma mais frequente e eficiente, por meio de smartphones. Denyson Messias, cofundador e executivo de soluções antifraude da Incognia, empresa global pioneira em identidade digital baseada em localização para prevenção à fraude mobile e autenticação sem fricção, aponta que geralmente cibercriminosos instigam as vítimas a acessarem links e sites tendenciosos, clicar em links ou baixar aplicativos maliciosos com o objetivo de coletar dados pessoais se passando por marcas famosas, pessoas conhecidas ou instituições financeiras.  

Diante desse cenário, ele cita os cinco golpes mais comuns que acercam às pessoas em seu dia a dia e indica formas de como as vítimas podem se proteger:

1. Golpes de phishing

Aplicados via SMS, WhatsApp ou e-mail, o golpe de phishing consiste em enviar mensagens falsas para induzir a vítima a fornecer dados pessoais e financeiros. Geralmente, os criminosos simulam um ambiente verídico, seja utilizando nomes de empresas verdadeiras ou mesmo da justiça, como o caso conhecido do falso processo, uma ameaça de encerramento ou roubo de conta, a fim de gerar um senso de urgência para que o indivíduo tome uma ação rápida e informe seus dados. Também se passam por marcas famosas e anunciam produtos com descontos atrativos, para que o consumidor compre o produto e insira seus dados de cartão de crédito. Neste caso, é comum que os golpistas falem em nome de entidades governamentais e prometam a liberação de benefícios em troca de informações pessoais como CPF.

Para se proteger desse tipo de golpe, é preciso conferir atentamente o endereço do remetente e a URL do site e, em caso de dúvidas, procurar os canais oficiais da marca ou órgão. “Se suspeitar da veracidade da mensagem, não informe dados pessoais ou bancários”, orienta Messias. 

2. Golpe do aplicativo clonado

Consiste na clonagem de aplicativos comuns disponíveis para download, como aplicativos de jogos, atividades físicas e editores de foto, por exemplo. O software fraudulento é muito parecido com o verdadeiro nas lojas oficiais de aplicativos, com nome e logotipo igual, o que pode causar confusão em usuários. 

Uma vez que a vítima acessa e concede permissões ao aplicativo malicioso, malwares ganham acesso a informações confidenciais, como senhas de banco e documentos pessoais. Com esses dados, cibercriminosos contam com mais facilidade a aplicação de golpes virtuais, como fazer transferências bancárias indevidas e/ou compras com cartão de crédito.

Para se proteger contra esse crime é importante uma solução extra de proteção como um antivírus, por exemplo. “É recomendável sempre clicar no ícone “Sobre este app” na loja virtual para verificar algumas informações, pois, em geral, serviços ilegítimos são recentes e podem conter erros na digitação da descrição. Fique atento às avaliações de outros usuários no aplicativo e também na nota atribuída a ele. Normalmente, empresas sérias têm uma pontuação alta, além de diversos comentários”, afirma. 

3. Golpes do PIX no WhatsApp

No geral, os criminosos clonam a conta da vítima em outro celular, se passam pelo usuário invadido e pedem dinheiro aos contatos da lista. Outra forma de roubo acontece quando os golpistas pegam fotos da vítima nas redes sociais e enviam, de outro celular, mensagens para os amigos do usuário afirmando que este precisou trocar de número. O objetivo é que o contato substitua o número da vítima pelo dos criminosos para que eles possam enviar mensagens pedindo dinheiro.

“A forma mais eficiente para se proteger deste tipo de golpe é ligar para a pessoa em questão para confirmar a veracidade da história. Se ela não atender ou bloquear você, certamente se trata de um golpe”, explica. 

4. Golpe simulando a venda de produtos usados

Utilizando phishing, criminosos invadem perfis verdadeiros no Instagram e publicam nos “stories”, eletrodomésticos e móveis usados em bom estado por preços muito abaixo do mercado. Os golpistas se passam pelo dono do perfil e afirmam que, amigos ou vizinhos estão de mudança e precisam vender os ítens. Para reservar o produto, as vítimas transferem um valor como sinal para os golpistas via PIX. Após a conclusão da transação, os fraudadores cortam o contato.

Para não ser vítima da fraude, assim como o golpe do PIX no WhatsApp, entre em contato com a pessoa que diz estar vendendo os produtos por outros canais e confirme se o anúncio é verdadeiro. “É importante ficar atento ao nome que consta da chave PIX e, se for de terceiros, provavelmente é um golpe”, orienta. 

5. Golpe de Engenharia Social 

Mais de 90% de todos os ataques hackers da atualidade são deste tipo. De modo geral, a estratégia pode ser pensada como um meio de hackear os usuários, e não seus dispositivos, com o objetivo de convencê-los que estão cedendo as informações para pessoas ou serviços confiáveis por meio de emails fraudulentos e perfis falsos nas redes ou, ainda, usando junção de interação humana e uso de malwares, como é o caso das ligações telefônicas com truques psicológicos para distrair as vítimas e conduzi-las a informar dados pessoais e bancários. 

“Em um geral, as pessoas sabem que não devem passar essas informações para terceiros, mas os fraudadores estão se sofisticando cada vez mais e realmente são convincentes em suas abordagens”, afirma. 

O especialista também indica que a melhor forma de não cair neste golpe é, antes de tudo, pensar sobre a origem dos links. O ideal é posicionar o cursor sobre o link, sem clicar, para saber para onde ele te levará. Outra dica é verificar a ortografia do conteúdo da mensagem e, se conter erros de ortografia, provavelmente será um golpe.

Esses tipos de golpes são muito prejudiciais para usuários legítimos, pois são situações perfeitamente normais manipuladas para fins maliciosos por criminosos, além de, muitas vezes, resultarem em perdas financeiras. Ao ter a ciência  de como funcionam, adotar as precauções básicas e investir nos diversos recursos tecnológicos disponíveis no mercado farão com que o risco de cair nesses golpes seja bastante reduzido. Mas, é importante ressaltar que é um dever das empresas garantir a segurança de seus sistemas e os usuários, além de desfrutar desta segurança, podem fazer também seu papel de cobrar que a proteção seja cada vez mais robusta. 

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