Chineses lideram crescimento global em novas startups

A criação de novos negócios na China está ultrapassando o resto do mundo, apesar da desaceleração econômica mundial. O banner-tecnologianúmero de novas empresas criadas no ano passado praticamente duplicou (98%) em relação a 2010. O dado consta da “Pesquisa sobre o nascimento de novas empresas”, o mais novo estudo da UHY, rede internacional de firmas de auditoria, contabilidade e consultoria, representada no Brasil pela UHY Moreira-Auditores.

A pesquisa realizada em 22 países, incluindo o Brasil, revela que o número de novas empresas criadas na China em 2014 foi de 1.609.700 no ano contra 811.100 em 2010. Também de acordo com a pesquisa da UHY, a criação de novos negócios está mais acelerada no Reino Unido do que em qualquer um de seus concorrentes ocidentais. O número de startups no Reino Unido aumentou de 385.741 para 581.173 por ano.

Em terceiro lugar está a Índia, que viu um aumento de 46% no número de startups. As economias do BRIC tiveram, em média, um aumento de 42% no número de novas empresas criadas durante o mesmo período.

O estudo da UHY mostra que as economias da Europa Ocidental tendem a ter um aumento maior no número de novos negócios, em comparação com outras economias desenvolvidas. O Reino Unido, Itália, Alemanha e França tiveram aumentos mais elevados do que a média do G7, em 31%. Em contrapartida, o aumento na criação de novos negócios durante o período foi de 11% nos EUA, 7% no Japão e de 4% no Canadá. A Austrália também supera a média do G7, com um aumento de 41% no número de startups.

Para Bernard Fay, presidente da UHY, e um dos sócios-gerentes na UHY Fay & Co, membro espanhol da rede, “as empresas em muitos países europeus já se recuperaram do que antes eram condições econômicas extremamente difíceis”. Segundo ele, os próximos anos não vão ficar sem os seus próprios desafios, e os governos a nível global precisam encontrar formas de ajudar essas novas startups a crescer e transformarem-se em negócios de sucesso.

Aumento da formalização e as MEIs no Brasil

As novas empresas no Brasil, por exemplo, enfrentam uma complexa teia de leis trabalhistas e fiscais, porém, nos últimos anos, iniciativas do governo favoreceram o aumento da formalização de empreendedores individuais e micro empresários, além da criação de novas empresas de pequeno e médio porte, com taxas de imposto e exigências burocráticas substancialmente mais baixas, através do Simples Nacional.

De acordo com o estudo, o governo brasileiro tem trabalhado para se certificar de que todas as micros, pequenas empresas e profissionais liberais tenham registro oficial, especialmente aqueles que não eram contribuintes anteriormente. “Dos números absolutos de criação de empresas apurados no Brasil, mais de dois terços é representado por MEI’s, o que evidencia em grande parte a formalização de quem já exercia alguma atividade", afirma Marcello Reis, gerente de Desenvolvimento de Negócios da UHY Moreira.

Os Microempreendedores Individuais (MEIs) foram responsáveis por mais de 2/3 dos novos empreendimentos em 2014 (66,5% do total), de acordo com o ‘Indicador Serasa Experian de Nascimento de Empresas’. Isto contribuiu para elevar o Brasil a uma satisfatória décima posição na pesquisa da UHY.

O estudo da UHY acrescenta que, para sustentar o crescimento do número de novos negócios, bem como para minimizar o impacto global da recente desaceleração na economia chinesa, os governos deverão introduzir novas políticas públicas mais favoráveis à criação de novos negócios.

Share This Post

Post Comment