Especialistas debatem práticas de investigações internas e programas de compliance

Adotar medidas que contribuam para a prevenção da corrupção dentro das organizações tem se tornado um tema cada vez maisempresas-de-tecnologia recorrente entre executivos e empresários. Tendência atrelada, principalmente, à implantação da Nova Lei Anticorrupção Brasileira, mas também à mudança da cultura e consciência dentro das grandes corporações.

A fim de contribuir com o aprimoramento das práticas de Compliance e o para estimular o amadurecimento do assunto, a LEC, empresa pioneira na fomentação do Compliance no Brasil, realizou nos dias 25 e 26 de novembro, pela primeira vez em São Paulo, o Workshop de Investigação de Compliance.

 

Cerca de 40 profissionais de áreas como engenharia, recursos humanos, controladoria e direito, e que atuam na área de Compliance de empresas, participaram das palestras organizadas pela instituição. O conteúdo foi ministrado por um time de profissionais com vasta experiência em investigações internas e amplo conhecimento em reporte às autoridades.

“O evento tem um número reduzido de pessoas justamente para garantir uma excelente troca de informações e experiências entre os participantes e palestrantes”, explicou Alessandra Gonsales, organizadora do Workshop de Investigação de Compliance. “A investigação interna está na agenda positiva dos empresários e os profissionais da área precisam se especializar para atender às necessidades”.

 

Os fatores históricos que contribuíram para a evolução de melhores práticas da colheita, armazenamento e disponibilização de provas eletrônicas foram detalhadas por Coriolano Almeida Camargo, CEO da Almeida Camargo Advogados. De acordo com ele, as evidências encontradas pela Polícia Federal no computador de PC Farias, por exemplo, foi um caso muito importante para o aprimoramento deste tipo de investigação. “A partir disso, podemos considerar o nascimento da história moderna da investigação eletrônica e uma parte da história da coleta de prova eletrônica”, explica Camargo. “A palestra visou mostrar os reflexos deste caso para as organizações nos dias atuais”.

 

Doutor e Mestre em Direito Penal, Marcelo Crespo, advogado sócio da Crespo & Santos Advogados, reforçou o assunto levantando questões sobre investigação criminal e digital de Compliance, validade da coleta e utilização de provas, conceitos de provas e documentos. “Abordei a relevância da coleta de documentos e procura de provas para investigações diversas, sempre com o intuito de defender os interesses das empresas. Também busquei falar a respeito de proteção jurídica em processos de fraudes e investigações corporativas”, disse Crespo.

 

Para os participantes, a oportunidade de receber conteúdo de especialistas renomados garantiu credibilidade e consistência ao evento. “As informações repassadas foram de grande relevância e os estudos de caso nos ajudam a refletir sobre as situações que enfrentamos dentro da companhia”, afirmou Cesar Almeida da área de controladoria da Constran S/A Construções e Comércio. “O mais importante de participar de um evento como esse é manter a atualização e levar isso para dentro da empresa, a fim de gerar melhoria dos processos do Compliance Officer”, disse Carmen Frank, gerente regional de Compliance da John Deere. “Além disso, a experiência repassada pelos profissionais contribui para aplicabilidade destes conceitos no dia a dia”, concluiu.

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