*Nilson Yoshihara
A tecnologia da informação sempre demonstrou ser um elemento importante para a competitividade e eficiência das organizações. Entretanto, nas últimas décadas, as organizações têm questionado cada vez mais os altos custos de TI e têm investigado o ROI (Return on Investment) de cada aquisição ou investimento em tecnologia da informação. Isso tem levado às instituições adotarem práticas de governança de TI, com o principal objetivo de integrar a TI aos negócios e demonstrar que há alinhamento das soluções de tecnologia à estratégia. Neste contexto, a gestão de processos pode ser uma iniciativa que promova e contribua para a integração entre as duas áreas.
Os processos representam a operação de sua organização, a camada de agilidade que endereça a necessidade de uma empresa de se adaptar às mudanças dos negócios. Para garantir esta flexibilidade e rapidez, as tecnologias atuais compartilham o design de processo entre pessoas das áreas de negócios e TI reduzindo a distância entre aqueles que determinam os requisitos de negócios (usuários) e aqueles que implementam as melhorias (desenvolvedores de TI). As soluções atuais de BPMS (Business Process Management Suite) permitem que os modelos de processos - sob a perspectiva de negócios - sejam compartilhados com os analistas de TI. A equipe de TI, por sua vez, colabora com os usuários de negócios para o efetivo entendimento e validação do processo de negócio. Assim sendo, o processo é automatizado antes que os requisitos mudem, e as melhorias dos processos são implementadas no mundo real.
Este cenário supracitado mostra o real alinhamento entre negócios e TI. O mesmo processo de negócio é compartilhado, promovendo agilidade desde seu entendimento até sua execução. As plataformas robustas de BPM (Business Process Management) que suportam as iniciativas de gestão de processos também contribuem para alinhar TI às negócios.
As atuais soluções de BPM ampliam os domínios de modelagem, integrando à camada de processos outras camadas de arquitetura, incluindo a de estratégia, de sistemas de informação e de tecnologia. Sendo possível associar seus elementos estratégicos (objetivos, fatores críticos de sucesso, inciativas e KPI’s) à camada de processos (macroprocessos, fluxos de atividades), criam-se os meios para associar a operação da organização à estratégia da empresa. Ao publicar esta informação para a organização, cada executor de processo compreende como suas atividades contribuem para as metas, objetivos e KPI’s estratégicos. Desta forma, há mais clareza sobre qual a direção cada colaborador deve tomar para convergir com a estratégia da empresa.
Portanto, a prática de BPM contribui efetivamente para o alinhamento entre os negócios e TI. Vale ressaltar que os programas de BPM corporativos sempre abordam ciclos de melhoria contínua de processos, onde os conceitos de alinhamento com estratégia e automação de processos são velhos conhecidos da área. Porém, entregar efetivamente, no mundo real, a visão de integração entre as partes ainda é um grande desafio para as empresas. Olhando por uma perspectiva otimista, é uma questão de tempo para seu BSC (Balanced Scorecard) e cadeia de valor deixem de ser apenas figuras pregadas na parede da sala dos gestores e que os processos passem a promover o ciclo de estratégia até o monitoramento dos negócios das organizações.
Nilson Yoshihara é consultor de PreSales da Software AG