“Hoje em dia, há dois tipos de organização: a que sabe que está sendo hackeada e a que não sabe ou finge desconhecer essa realidade. Seja como for, todas são vulneráveis e suscetíveis a ataques e fraudes”, diz Phil Scarfo, vice-presidente global de marketing da HID Biometrics – especializada em autenticação segura. Em termos de tecnologia, o sistema financeiro brasileiro é um dos mais avançados e vem, nos últimos cinco anos, substituindo o uso de senhas, tokens e outros dispositivos, pela autenticação biométrica. “Diante de tantos prejuízos por causa do roubo de senhas e cartões dos correntistas, os bancos se adiantaram em buscar soluções que fossem simples e ao mesmo tempo confiáveis em termos de segurança. Por isso a autenticação da impressão digital tem sido o recurso mais usado nos caixas eletrônicos”.
A seguir, Scarfo aponta três razões para que os bancos adotem a leitura da impressão digital para validar operações bancárias:
1. Facilidade de uso. “Não é à toa que a autenticação biométrica já foi implantada em 90 mil caixas eletrônicos em todo o Brasil, sendo que cerca de 60 mil adotaram a tecnologia de imagem multiespectral para validar impressões digitais. Da base instalada de caixas eletrônicos que utilizam sensores biométricos com essa tecnologia, estimamos mais de 120 milhões de leituras de impressão digital por mês. Isso demonstra que, depois que o usuário cadastra suas digitais na agência bancária onde tem conta, pode sacar dinheiro de qualquer caixa eletrônico da bandeira sem ter de levar a senha anotada ou memorizada. Esse procedimento é especialmente favorável à população com baixa escolaridade, facilitando o recebimento de seus proventos”.
2. Segurança. “O roubo de senhas, cartões e tokens é muito comum. Obviamente, não são poucos criminosos que tentam fraudar, também, a impressão digital de uma pessoa para uso indevido. Com esse objetivo, usam todo tipo de material – desde látex transparente e silicone, até gelatina, fita adesiva e dedos de borracha, entre outros. Não se pode afirmar que todo leitor de impressão digital está apto a identificar que se trata de uma fraude e impedir que seja bem-sucedida. Por isso, a qualidade da imagem é fundamental para o aumento de segurança. A tecnologia de imagem multiespectral permite que um único leitor biométrico seja capaz de autenticar de forma confiável um grande volume de usuários. Trata-se de uma tecnologia superior que emprega diversos comprimentos de ondas luminosas em conjunto com modernas técnicas de polarização para obter características singulares da impressão digital, tanto da superfície da pele quanto de uma subcamada que reproduz o mesmo padrão. Por isso é tão eficiente no combate às tentativas de fraude”.
3. Desempenho do sensor biométrico. “Além de ser capaz de garantir a autenticidade da impressão digital, o sensor biométrico tem de funcionar bem em situações reais. Seja no caixa eletrônico instalado dentro de uma agência bancária, de um posto de combustível ou de um shopping center, o leitor de impressão digital tem de identificar e autenticar rapidamente qualquer tipo de dedo, ainda que a mão esteja molhada, suja de graxa ou óleo, machucada, desgastada pelo tempo ou pela atividade exercida pelo correntista. Esse também é um diferencial da tecnologia de imagem multiespectral, por isso também costuma ser empregada em áreas abertas de aeroportos e terminais rodoviários”.
Na opinião do executivo da HID Biometrics, nenhum sistema é 100% seguro por muito tempo. Por isso, outra virtude da tecnologia biométrica de imagem multiespectral é ser capaz de atuar em conjunto com outros dispositivos de segurança. “O importante é sua capacidade de modificar, atualizar e responder a novas vulnerabilidades e ameaças, atualizando o nível de segurança e se provando um investimento de longo do tempo”.