2016: o ano da impressão digital

*Phil Scarfo

 

O Brasil está entre os países em que o uso da impressão digital está mais difundido e avançado. Principalmente no sistema technology-3
bancário, as pessoas estão se acostumando rapidamente a acessar os caixas eletrônicos sem necessidade de memorizar ou anotar senhas – apenas aproximar o dedo polegar ou indicador do sensor biométrico para ter acesso à conta, sacar dinheiro, efetuar pagamentos ou fazer depósitos. Tudo isso de forma simples, ágil e segura. Esse pode ser considerado o maior exemplo do que será tendência em 2016, quando a tecnologia estará ainda mais presente na vida da população.

 

Independentemente da idade ou classe social, as pessoas têm se adaptado com muita facilidade a todo tipo de tecnologia que facilita seu dia a dia. De acordo com a Febraban, o volume de transações realizadas por meio eletrônico já ultrapassou aquelas que dependem de presença física. Com tantas conveniências, as pessoas já não se deslocam à toa quando podem fazer tudo via internet.  E isso acontece, também, em muitas outras instâncias. Tanto que vem ganhando força o conceito de omni-channel. Ou seja, as pessoas sentem que tudo está acessível, seja fisicamente, seja online, podendo ser acessado através do notebook, do smartphone ou do que mais estiver à sua disposição. Conectada, a população busca a liberdade de realizar suas atividades de forma conveniente e segura.

 

Nesse sentido, no próximo ano deve ganhar ainda mais relevância a possibilidade de fazer compras e realizar pagamentos usando apenas o telefone celular. Desde 2014, com o lançamento do ApplePay – em que a autorização de um pagamento é concluída através da aproximação da unidade a um terminal que combina a tecnologia NFC (Comunicação de Campo Próximo) e o reconhecimento da impressão digital do usuário junto à operadora do cartão de crédito – houve uma corrida frenética das outras marcas líderes em telefonia móvel. Afinal, tomando como amostra os Estados Unidos, esse mercado de crédito movimenta mais de 12 bilhões de dólares por dia. Agora, com uma tecnologia melhorada, deverá aumentar ainda mais o uso do celular para realizar compras sem ter de “passar o cartão” e digitar uma senha.

 

A bem da verdade, ao proporcionar que seus usuários pudessem fazer compras sem carregar cartões, a Apple colocou a biometria literalmente nas mãos de milhares de usuários de uma hora para outra, não só nos Estados Unidos como no mundo inteiro. Acostumadas a usar a impressão digital para acessar o terminal de caixa eletrônico, as pessoas já anseiam por essa mesma facilidade na plataforma de pagamento via celular. Ainda mais importante do que o conforto, temos de considerar a segurança – coisa que as cinquentenárias senhas e os pins não oferecem. Por isso, 2016 deve ser o ano da impressão digital – com destaque para o Brasil.

 

Hoje, mais da metade dos caixas eletrônicos do país inteiro tem sensores biométricos que facilitam muito o acesso da população à conta corrente com segurança. Mas os brasileiros estão se acostumando, também, a usar a impressão digital para confirmar seu voto, tirar documentos, acessar escolas, empresas e serviços de saúde e transporte. Enfim, vamos ouvir falar muito da leitura da impressão digital neste ano que se inicia.

 

*Phil Scarfo é vice-presidente global de marketing da HID Biometrics, divisão de Biometria da HID Global, líder em identidade segura 

 

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