*Tibério César Valcanaia
A expansão da Nota Fiscal do Consumidor eletrônica (NFC-e) pelo Brasil é evidente. Desde a emissão das primeiras NFC-es obrigatórias no Amazonas e Mato Grosso, diversos estados passaram a aderir ao novo documento fiscal eletrônico do varejo. Com isso, muitos lojistas estão constatando na prática as vantagens trazidas pela NFC-e, como a redução de custos e a agilidade nos processos.
A redução de custos ocorre principalmente com a dispensa do equipamento Emissor de Cupom Fiscal (ECF), de homologações e lacres. Também há uma significativa economia de papel, já que o novo modelo permite a impressão de um comprovante ecológico.
Para o consumidor, os benefícios também são inúmeros. Ele tem mais segurança, pois a NFC-e possui um QR-Code (código de barras bidimensional) lido por qualquer smartphone, que permite a verificação da validade e autenticidade da transação comercial; e ainda traz a possibilidade de receber o DANFE da NFC-e por e-mail ou SMS. A agilidade no atendimento também tende a ser uma vantagem para quem faz as compras. Com a possibilidade de impressão dos comprovantes de qualquer impressora (térmica ou laser) o pagamento pode ser realizado em mais pontos da loja. Além de redesenhar o tradicional layout do ponto de venda, a mudança também promete acabar com filas de espera para pagamento.
Apesar de todas as vantagens esperadas com a implantação da NFC-e ela ainda não é o modelo único. Alguns estados já estabeleceram a obrigatoriedade da NFC-e, outros aderiram ao projeto piloto, mas há casos em que o documento ainda não foi determinado e também, a situação específica de São Paulo, onde a obrigatoriedade é para o uso do sistema SAT CF-e (Sistema Autenticador e Transmissor do Cupom Fiscal eletrônico).
Essa falta de padrão faz com que as empresas com filiais em mais estados, precisem preparar alternativas diferentes em seus sistemas de gestão e vendas. Essa diferenciação não é nada interessante, já que acarreta mais custos e maior tempo para a adaptação.
Por conta disso, acredito que no futuro, os estados adotem um modelo de documento unificado. A tendência atual é que a NFC-e seja este modelo, pois já está definida como a opção da maioria dos estados. A abordagem única seria muito importante, pois teria reflexo direto para o empresário varejista, que teria menos custos de implantação e de manutenção e um processo uniforme em todas suas operações de varejo.
Hoje em dia, seja qual for o segmento, redução de custos e agilidade são sempre fatores primordiais para o sucesso dos negócios.
*Tibério César Valcanaia é diretor técnico da Inventti, empresa especializada em produtos para gestão de e-Docs e sistema de gestão web.