[private] A ABBYY já é bastante conhecida na área de Capture por suas ferramentas. Como a senhora poderia analisar a atuação da empresa no Brasil?
O Brasil é um território-chave para a ABBYY, devido ao seu mercado em rápido desenvolvimento. As atividades da empresa aqui são muito bem-sucedidas, considerando que a ABBYY está diretamente no País há pouco tempo. Neste período, conseguimos provar a confiabilidade e funcionalidade de nossos produtos, conquistamos grandes contratos em bancos, universidades e órgãos do governo e planejamos que o nosso desenvolvimento cresça ainda mais e se solidifique. A ABBYY Brasil é considerada um centro de competência tecnológico capaz de lidar com todos os produtos da empresa.
Como a senhora vê o potencial para seus produtos no mercado brasileiro e latino-americano?
A ABBYY é uma das poucas empresas internacionais nascidas na Rússia, que demonstrou a capacidade de se adaptar perfeitamente às necessidades do mercado latino-americano, em geral, e do brasileiro, principalmente.
Vemos o interesse de empresas em nossos produtos e tentamos oferecer-lhes a solução ideal por preços acessíveis. Nossos projetos de sucesso no Brasil com várias empresas de ponta provam que estamos na direção certa, por exemplo em bancos para tratar documentos financeiros e não financeiros, integradores de sistemas, BPOs para digitalização de leis e periódicos, universidades com formulários de pesquisa e exames, em tribunais para digitalização de processos etc.
A empresa está investindo em novos produtos para ampliar seu market share?
A maioria das empresas que entram nos mercados estrangeiros e não consideram o problema da “barreira de idioma” e assumem ser suficiente representar seus produtos, sites e publicidades apenas em inglês. A base linguística da ABBYY permite que seus produtos sejam disponibilizados em vários idiomas. A finalidade da interface em português do Brasil do FineReader é melhorar a experiência do usuário com o produto e consequentemente aumentar seu “market share”.
Por isso, ao entrar no mercado latino-americano, a ABBYY prestou muita atenção a essa questão. Adaptamos nossos produtos aos consumidores da América Latina, tentando entender e resolver todas as necessidades desse mercado. Um excelente exemplo disso é o nosso trabalho no Brasil e o lançamento da versão brasileira dosoftware FineReader 10 Edição Brasil, especialmente criado e adaptado para este país. Conhecendo a popularidade do Linux no Brasil e sua preferência pelo governo brasileiro, a ABBYY criou projetos especiais para esta plataforma.
Como analisa hoje a competitividade com tantas ofertas diferentes?
Atualmente a situação em praticamente todos os setores é que o mercado oferece sempre mais que a sua demanda. O mercado de software não é uma exceção a essa regra. No entanto, em nossa área de alta tecnologia de aplicativos de software inteligente que podem reconhecer textos manuscritos, não existem muitas empresas tão capacitadas. Existem apenas uma ou duas que fazem o mesmo em um patamar comparável com a ABBYY. Além disso, demonstramos a nossa capacidade aqui no Brasil por meio do desenvolvimento de produtos voltados especificamente para o mercado nacional.
Na sua opinião, o mercado latino-americano está maduro para as tecnologias de ECM?
As tecnologias de ECM são relativamente novas, mas já são amplamente utilizadas em todo o mundo. Entendemos que o mercado latino-americano, sobretudo o brasileiro, já está maduro para soluções de ECM. A digitalização do Sistema Judiciário é um exemplo disso. Para qualquer companhia, a transição de sistemas ou processos parece ser sempre difícil e, em muitos casos, há uma tendência em deixar tudo como está. Por isso, nós propomos uma transição “suave” para tecnologias de ECM, oferecendo treinamentos aos nossos clientes e estando sempre abertos a sugestões e necessidades especiais. [/private]