Estudo mostra que metade das informações de negócios está fora dos firewalls

A Symantec  lançou na América Latina seu primeiro Índice de Informações Digitais, ressaltando o impacto significativo que a computação na nuvem e a mobilidade estão tendo sobre as empresas atualmente. A Pesquisa 2012 sobre Gestão da Informação  revela os benefícios e também os desafios crescentes da “dispersão das informações”, à medida que as organizações aumentam a quantidade de dados armazenados e acessados fora de seus firewalls.

“As empresas estão passando por uma transformação diferente de tudo o que já vimos antes. Com os dispositivos móveis e a nuvem dando aos funcionários acesso às informações praticamente em qualquer lugar, vemos também mais informações confidenciais cruzando as fronteiras tradicionais da TI. Isso está gerando uma preocupação sobre como proteger essas informações da melhor forma”, afirmou André Carraretto, Estrategista em Segurança da Symantec para o Brasil.

Dispersão das informações

Globalmente, quase metade (46 por cento) das informações de uma organização está sendo armazenada fora de seu próprio datacenter. Com 53 por cento, as pequenas e médias empresas (PMEs) superam as grandes nas informações armazenadas fora de seus firewalls, considerando dispositivos móveis e laptops. Em alguns países, esse número chega a mais da metade; a exemplo da Índia (83 por cento), da China e Cingapura (60 por cento), além do Brasil (50 por cento).

A Symantec criou um Índice de Informações Digitais para representar essa dispersão visualmente e fornecer um termômetro de onde as informações estão hoje em diferentes partes do mundo.  O Índice destaca os mercados que estão vivenciando uma alta dispersão de suas informações, como a Índia e a China, enquanto isso acontece em menor escala em outros, incluindo Japão e França.

As tecnologias modernas e a dispersão dos dados claramente apresentam benefícios. Porém, mais de um quarto das empresas entrevistadas tiveram de enfrentar desafios decorrentes disso. A exposição de informações confidenciais como resultado da perda ou roubo de dispositivos móveis, por exemplo, foi apontada por mais de um terço das empresas. Outros problemas surgem da incapacidade de encontrar o que é necessário: uma grande proporção das informações está desorganizada ou difícil de ser localizada. E mesmo dentro do firewall, o espaço utilizado é de apenas 31 por cento, caindo ainda mais fora do datacenter.

O impacto da mobilidade e da nuvem

O aumento drástico no uso da mobilidade está contribuindo para a dispersão das informações. Smartphones e tablets armazenam informações das empresas de todos os portes e em nível global. No caso das grandes empresas, esse índice corresponde a 14 por cento, contra 11 por cento para as PMEs. O número é muito mais alto em determinados países, como Índia (62 por cento), Austrália e Nova Zelândia (46 por cento),  Itália (38 por cento) e Brasil (21 por cento). Informações não exatamente armazenadas, mas mesmo assim acessadas via dispositivos móveis têm um índice ainda mais alto, de 28 por cento no mundo todo. Aqui, novamente, vemos as empresas de grande porte liderarem, com 31 por cento, contra 25 por cento para as PMEs. E de novo a Índia tem um índice superior à média, com 43 por cento de suas informações sendo acessadas em smartphones e tablets, seguida do Brasil (42 por cento), Cingapura (39 por cento) e Malásia (38 por cento).

Além disso, as vantagens em termos de custo e agilidade estão levando a um uso significativo computação na nuvem para armazenamento de informações de negócios. Globalmente, quase um quarto (23 por cento) dos dados de negócios está na nuvem, divididos em implantações públicas, privadas e híbridas. Esse número é particularmente alto na Indonésia (45 por cento), China (39 por cento), Vietnã (34 por cento) e Japão (32 por cento). No Brasil, o índice está pouco abaixo da média global (18 por cento).

Protegendo informações hoje

Tendo em vista essa mudança para além da fronteira do datacenter, priorizar o gerenciamento das informações torna-se mais importante do que nunca. Para minimizar a dispersão das informações e seus efeitos sobre a organização, a Symantec elaborou as seguintes recomendações:

  • Foco nas informações, não no dispositivo ou no datacenter: com o uso de dispositivos móveis pessoais e da nuvem, as informações não ficam mais confinadas dentro das quatro paredes da empresa. O foco da proteção deve ser as informações, e não o dispositivo ou o datacenter.
  • Nem todas as informações são iguais: as empresas devem ser capazes de separar dados inúteis de informações de negócios valiosas. E protegê-las adequadamente.
  • Ser eficiente: Desduplicação (eliminação de dados duplicados) e arquivamento ajudam as empresas a proteger mais, e armazenar menos, de forma a acompanhar o crescimento exponencial dos dados.
  • A consistência é a chave: é importante definir políticas que possam ser aplicadas de forma consistente onde quer que as informações estejam localizadas - sejam ambientes físicos, móveis, virtuais ou na nuvem.
  • Ser ágil: planeje as necessidades futuras das informações implementando uma infraestrutura flexível para suporte ao crescimento contínuo.

 

 

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