Nesta entrevista, o CEO da P3 Image/ Access no Brasil, Inon Neves, fala sobre as mudanças que aconteceram em 2015 e os planos de expansão para a empresa. O CEO também fala sobre as tendências do mercado de guarda e gestão de documentos e informação.
Information Management: Como foi a sua vinda para a Access e qual foi o desafio?
Inon Neves: Com a Access vindo para o Brasil eu fui convidado para assumir a operação do modelo de negócios. O grande desafio inicial foi o armazenamento físico do documento. Há um ano e meio, a Access iniciou um processo de internacionalização saindo do mercado americano e chegando ao Brasil por meio da P3 Image. O principal motivo foi o crescimento contínuo e estável da empresa. O segundo fator foi cultural e o terceiro motivo foi a plataforma tecnológica que a P3 Image desenvolveu com sua experiência no mercado. Isso chamou a atenção da Access para importar conhecimento e expandir sua atividades em novos mercados.
IM: Quais serviços vieram do portfólio da Access para o Brasil e no que aumentou a oferta do portfólio da companhia?
Inon: Estamos unindo os portfólios e consequentemente analisando as melhores ofertas. Nós observamos que os portfólios da Access e da P3 são similares. As maiores mudanças estão nas demandas em cada localidade ( Brasil e nos Estados Unidos). Por exemplo, no mercado Americano a destruição segura de documentos tem uma grande demanda. Já no Brasil, esse serviço não é olhado de forma criteriosa. Estamos analisando para trazer essa atividade ao Brasil de forma mais estruturada e agregar este serviço ao novo portfólio, por exemplo.
IM: Como a empresa pretende mudar ou ampliar suas atividades no segmento digital?
Inon: Acredito que a maior mudança é a forma de atuação. Uma das coisas que nós já mudamos é atuar mais nos grandes clientes, entre eles, bancos, telecom e varejistas. Estamos crescendo nas duas linhas principais que temos na empresa, que é o BPO e a guarda física de documentos. Com isso nossa intenção é termos uma progressão agressiva de crescimento. Mudamos muito, principalmente no desenvolvimento de processos e produtividade, para nos tornarmos mais competitivos.
IM: Quais são os planos da empresa no tocante a expansão regional?
Inon: A primeira ação da Access foi unificar a P3 Image Rio e a P3 Image São Paulo. Em termos estruturais não existe mais uma regionalização, nós unificamos o sistema e temos as filiais, por meio das quais iremos distribuir nossos serviços por todo o território.
IM: Vimos nos últimos meses uma diminuição dos players deste mercado no Brasil. Como o senhor analisa neste momento este cenário?
Inon: Eu vejo isso como tendência no mercado mundial que está em consolidação. A Access é um exemplo, já que só no ano passado foram 94 novas aquisições. Eu sinto que o mercado se consolida e as empresas pequenas farão parte de grandes grupos. Nosso objetivo é expandir geograficamente.
IM: O que podemos esperar para o mercado em 2016?
Inon: Acho que 2016 vai ser reflexo de 2015. Acredito que o primeiro semestre será difícil mais vai melhorar no segundo semestre. Claro que tudo isso depende de vários fatores externos que não é possível controlar, mas não podemos desanimar, ainda há muito por fazer.