Para trazer um panorama atual sobre o mercado de distribuição em TI no Brasil, evidenciar a relevância desse setor para economia do país e desenvolvimento da indústria de informática e tecnologia, a Associação Brasileira dos Distribuidores de Tecnologia da Informação (ABRADISTI) apresenta a 3ª Pesquisa Inédita Setorial e Salarial dos Distribuidores de TI e o 2º Censo de Revendas.
O estudo encomendado ao IT Data, uma das principais consultorias de análise de mercado em tecnologia do país, aponta que o setor de distribuição de TI deverá ter um crescimento de 5% em relação a 2011, alcançando assim um faturamento de R$ 13,2 bilhões.
Para realizar a pesquisa, foram consideradas informações de 70 empresas brasileiras, que juntas representam mais de 95% do mercado, entre elas distribuidoras como Officer, Agis, Aldo, Alcatéia, entre outras. Esse mercado de distribuição ainda é responsável por gerar 9,6 mil empregos no país.
“Desde 2010, quando criamos a Abradisti, estamos à frente do setor, lutando pelo desenvolvimento e reconhecimento da importância da cadeia de distribuição em toda a economia do país. Esse estudo só vem para afirmar nosso posicionamento”, afirma Mariano Gordinho, presidente da Abradisti.
Faturamento
A expectativa de crescimento de 5% para 2012 eleva o segmento a um salto de um faturamento de R$ 12,6 bilhões em 2011, para R$ 13,2 bilhões nesse ano.
Apesar dessa elevação, o mercado não apresentou o mesmo fôlego do ano passado, quando teve um crescimento de 7% frente a 2010. O grande vilão para o setor no ano foi o dólar, uma vez que os produtos de informática como hardware e software têm os preços indexados à moeda norte-americana. O dólar médio no ano de 2011 foi de R$ 1,67 e o previsto para 2012 será de R$1,97, ou seja, um crescimento de 18%.
Software melhora participação, mas hardware ainda domina
O estudo ainda levantou a força que os negócios envolvendo o mercado de hardware possui dentro dos distribuidores. Do faturamento total, 81% são provenientes da comercialização de hardware, 11% vêm de softwares e apenas 1% de serviços. Em relação ao ano passado, os softwares ganharam um ponto percentual, enquanto os hardwares perderam três pontos percentuais.
Na análise pelos itens que têm grande movimentação no mercado de distribuição, os componentes são os que mais geram negócios, com 18%, seguidos por PCs e Servidores, com 16%, produtos de redes com 13% e softwares com 11%. Os tablets, que foram encaixados na categoria de telefonia, apesar de toda a mobilização, movimentaram apenas 1%.
O maior salto foi na participação dos games, que com a diminuição da pirataria, triplicou as vendas, chegando a 3% do total.
O mercado de revendas
Tomando como base o mercado de revendas atendido pelos principais distribuidores de TI do país, o estudo aponta que o número de revendas no Brasil cresceu de 31 mil em 2011 para 32 mil em 2012, uma elevação de 4%.
O estudo ainda mostra a localização das revendas: 59% estão localizadas na região Sudeste, enquanto 21% estão na região Sul e 13% no Nordeste. Com 5% e 2% estão as regiões Centro-Oeste e Norte, respectivamente.