Debate reúne Bancos e Seguradoras para falar de Mobilidade e Cloud Computing

Citrix participou na Round Table organizada pela IDC com o segmento financeiro para fazer uma troca de ideias, percepções e experiências sobre o conhecimento e adoção das novas tecnologias, como Mobilidade (BYOD e Consumerização), e Cloud Computing, pelos bancos e seguradoras. O evento reuniu instituições diversificadas – Seguradoras e Bancos: pequenos, médios e grandes; nacionais e estrangeiros - cada um deles com um nível de maturidade diferente.

 

Mobilidade e Cloud Computing são práticas relativamente novas, e trazem consigo dúvidas e desafios. Como tudo ainda é muito novo, por este motivo o mercado financeiro ainda não está maduro, mas observa-se que já ultrapassou o estágio de tendência para início das implementações. De um modo geral, as instituições estão atentas a estes assuntos, e são temas com prioridade, para entendimento, avaliação e implementação em curto espaço de tempo.

 

Isso é comprovado pelas pesquisas realizadas pelo IDC: desde 2010 aponta um caminho de adoção gradativa de cloud, seja pública ou privada, com projetos sendo implantados e o mesmo acontece com mobilidade. Embora a política predominante ainda seja a tradicional, de provimento de dispositivos móveis, a consumerização é inevitável e aqueles que mais rápido se adequarem a esta nova realidade, certamente terão vantagem no mercado.

 

O segmento financeiro, por ser mais criterioso e não permitir equívocos, acaba sendo referência para os demais segmentos, na adoção de tecnologias. Ou seja, à medida que alguns bancos adotam, eles influenciam todo o mercado (outros bancos) e outras verticais, também. Segundo Roberto Gutierrez, Diretor de Pesquisa e Consultoria do Setor Financeiro, IDC Latin America, comenta “que todos olham para o mercando financeiro. Existe um conceito: se os bancos fizeram, eu também posso fazer,  no sentido de que o segmento financeiro é muito sofisticado em tecnologia.”, diz

 

Terceira Plataforma de TI

Num período de transição em tecnologia, assim como aconteceu há duas décadas, na passagem do mainframe para o PC, hoje algumas tendências vêm acontecendo paralelamente, e reforçando-se mutuamente, como: Cloud, Mobile, Social Business e Big Data.

 

No segmento Financeiro, a tendência Mobilidade e Consumerização ainda é embrionária, como aponta recente estudo da IDC. A maioria (80%) dos bancos e seguradoras atuam, ainda no modelo tradicional, adquirindo o dispositivo e disponibilizando ao funcionário, com plataforma, aplicações, aparelho e operadora já definidos. A minoria (20%) possibilita que os funcionários utilizem ou financiam a compra do dispositivo móvel de preferência do usuário, e permitindo acesso aos dados corporativos. No entanto, o segmento enxerga a consumerização como inevitável, apenas uma questão de tempo e ajustes de tecnologia para que seja uma prática padrão.

 

Já Cloud Computing está em outro nível de maturidade, com muitas instituições já implementando projetos relacionados a Cloud, privada. O modelo público ainda gera questões, dúvidas e preocupações relacionadas à segurança da informação, aos Contratos e Regulamentos jurídicos e alterações e processos de Política de TI.

 

Outro ponto interessante relacionado à adoção de Cloud é a terceirização pelas áreas de TI, sem correr o risco de perder o controle da inteligência do negócio. Hoje, 90% dos bancos terceirizam pelo menos uma parte do desenvolvimento de aplicações; terceirizam também help desk e boa parte da operação dos Data Centers - mudanças significativas, pois há pouco tempo eram operações internas e restritas dos bancos.

 

A adoção de cloud também vem junto com a Virtualização, já que muitas instituições estão prevendo uma infraestrutura virtualizada para aumentar a eficiência e redução de custo, com migrações de plataformas de Work Load, principalmente as aplicações ligadas a ERP e back office.

 

Qual é a prioridade dos bancos?

75% dos bancos dizem que ser eficiente é a maior prioridade, redução de custos, melhorar o relacionamento com o cliente e integrar canal de atendimento. Tudo isso passa e dependem fundamentalmente de tecnologia.

 

Para isso, a TI tem de responder à altura, principalmente em Segurança e Compliance, Monitoramento e gerenciamento da Infraestrutura de TI e recuperação de desastres, armazenamento e back-ups. Para isso, o desafio da TI é oferecer o nível de serviço exigido conforme o esperado pelo negócio. Ou seja, alinhar TI com o Negócio, preocupação que ocorre em diversas outras verticais, no segmento financeiro o CIO já tem influência no processo decisório e faz parte das decisões estratégicas do negócio.

 

Marcos Massini, Gerente de Conta Corporativa do setor Financeiro da Citrix, reforça a constatação. “Percebemos nos projetos da Citrix no setor, que as aplicações são liberadas para atender a necessidade de negócio, o que mostra que a TI no segmento financeiro é parte estratégica do negócio, com o retorno de investimento sendo mensurado de maneira diferente comparada a outras verticais!”, diz.

 

Por mais que a se aponte o segmento financeiro como conservador, na verdade o setor está atento a tudo o que acontece em inovação e novas tecnologias, e as iniciativas já vem sendo iniciadas em diversas fases e tamanhos.

 

Para isso, o objetivo em promover o Round Table, como enfatiza Roberto Gutierrez. “Estimular a troca de experiências para que cada uma das instituições consiga se enxergar na outra, e poder incorporar as melhores práticas ou desafios: o que foi feito que deu certo, e aprender com aquilo que não deu certo. Esse perfil acaba enriquecendo o encontro e aponta um cenário de oportunidades muito maior do que se tivéssemos um perfil nivelado, todos as mesmas experiências, iniciativas e situações”, finaliza.

 

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