Novas Tecnologias da Informação dobram a competitividade corporativa

Uma nova pesquisa mostrou, pela primeira vez, que as tecnologias emergentes, tais como serviços em nuvem, mobilidade e colaboração on-line, estão melhorando a competitividade das empresas.

A pesquisa da INSEAD, a principal escola internacional de negócios, em colaboração com a AT&T*, mostra que os que investem forte em novas tecnologias de informação podem dobrar suas chances de serem altamente competitivos - de 35% para 74% - e superar os seus pares.

No entanto, o investimento em novas tecnologias por si só não é suficiente para garantir uma maior competitividade. Alguns fortes investidores em tecnologia não estão vendo nenhuma melhoria na sua competitividade, e tem um desempenho similar ao de empresas que investem pouco ou nada. O fator mais crítico para fazer com que os investimentos em tecnologia sejam bem sucedidos é dispor de outros recursos comerciais fortes.

Resultados da Pesquisa


Os resultados da pesquisa foram extraídos de respostas detalhadas por parte de altos executivos de 225 empresas multinacionais ativos em toda a Europa, Ásia-Pacífico e América do Norte.

Os dados mostram que, na Ásia-Pacífico, as empresas estão investindo um percentagem muito maior de seus orçamentos totais de TIC em nova tecnologia, e se espera que aumentem esses investimentos mais rapidamente, em comparação com as outras regiões:

  • O investimento em mobilidade crescerá, de 17% há três anos para 31% daqui a dois anos (82% de crescimento);
  • Nuvem mias que dobrará de 12% para 30% (150% de crescimento); e
    • Ferramentas de colaboração aumentará de 18% para 26% (44% de  crescimento)

O investimento em novas tecnologias na Europa vai acelerar nos próximos dois anos. Os dados da pesquisa mostram que, em termos de percentagem do total europeu, o orçamento de TCI:

  • Investimento em mobilidade aumentará dos 12% de três anos atrás para 20% daqui a dois anos (66% de crescimento)
  • Investimento em serviços em nuvem quase dobrará de 12% para 23% (96% de crescimento), e
  • Investimento em ferramentas de colaboração vai subir ligeiramente de 16% para 17%

Recursos de Negócios Fortes

A descoberta mais importante da pesquisa mostra que, quando as empresas têm recursos empresariais fortes e investem mais em novas tecnologias, a probabilidade de se tornarem altamente competitivas pode dobrar - de 35% para 74%. Por outro lado, quando as empresas com recursos de negócios fracos fazem investimentos significativos em novas tecnologias, a sua probabilidade de melhor desempenho não aumenta nada, e esse investimento em nova tecnologia corre o grande risco de ser completamente desperdiçado.

Como parte da pesquisa, INSEAD eLab, um centro de excelência no INSEAD que fornece perspectivas sobre os impactos da digitalização na liderança, nas organizações e nos países, identificou os seguintes recursos-chave de negócios como vitais para o sucesso.

1.  O envolvimento do negócio em investimento de tecnologia e decisões de gestão

2.  O acesso a talento focado em tecnologia

3.  O acesso a talento focado em gestão, e

4.  Ter uma plataforma digitalizada madura – no sentido de que a tecnologia, o processo de negócios e os componentes de dados de uma empresa sejam padronizados, compartilhados e integrados. Às vezes isso é conhecido como "amadurecimento digital".

A pesquisa mostra claramente que o recurso mais importante, de longe, é a maturidade digital. As empresas que têm plataformas digitalizadas maduras e investem em novas tecnologias aumentam significativamente a probabilidade de serem competitivamente ágeis, em comparação com as empresas com plataformas digitalizadas imaturas que fazem investimentos semelhantes.

Isso é fundamental para a competição global. Empresas europeias estão gastando menos em novas tecnologias, mas tem a oportunidade de alavancar seus investimentos anteriores para fazer valer todo o novo investimento. Na Ásia, as empresas devem ter cuidado para não adotar novas tecnologias muito rapidamente, e assegurar que suas plataformas estão prontas para usá-las.

Há também mensagens claras para os governos e formuladores de políticas de pesquisa. Formuladores de políticas europeus podem ajudar as empresas a amadurecem suas plataformas digitalizadas mais rapidamente, criando um ambiente regulador adequado que facilite o armazenamento e fluxo de dados de uma forma estável, contínua e segura. Eles também podem ajudar as empresas a definir, acessar e promover o talento humano para tirar o máximo proveito de seus investimentos em tecnologia, através da coordenação com diferentes setores da indústria e universidades para assegurar que a demanda por atributos essenciais esteja em equilíbrio com a demanda.

"Para sair da crise econômica, as empresas e os governos precisam identificar como a tecnologia pode ser mais produtiva, e como é que ela pode ajudar a Europa a competir em uma corrida global.

O fato é que precisamos entender bem o significado de tecnologias emergentes para o desempenho, e como garantir que elas tragam mais retorno com relação ao investimento. No momento, é mais importante do que nunca tirar o máximo proveito de um investimento: seja ele público ou privado. Portanto, não basta apenas tomar decisões criteriosas sobre novas tecnologias, é preciso também construir um ambiente onde o investimento tem a melhor chance de sucesso.”, disse Neelie Kroes, Vice Presidente da Comissão Europeia

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