Capacitar aumenta o ROI em tecnologias

lvaro Venegas (*)

As tecnologias são avassaladoras. Estão em constante evolução, mal dá tempo para explorar seus recursos e logo vem uma nova atualização. Pode parecer apenas uma estratégia de marketing dos fabricantes, mas a verdade é que as necessidades do mercado, por soluções inovadoras, impulsionam os fabricantes de software a correrem para atualizar suas aplicações. Antes que o concorrente o faça e tome seu cliente.

Esta corrida pela atualização que nas  empresas de todos os segmentos e instituições de ensino como uma correia de transmissão em tempo real. O resultado é uma corrida pela atualização das aplicações em uso.

Mas, isso é bom? Depende. A empresa usuário – que necessita investir milhares de reais em tecnologia ¬– vai pensar duas vezes em solicitar a atualização. O profissional também poderá pensar a mesma coisa e esperar que se passe uns dois anos para que compre a nova versão. E quando isto for feito, a tecnologia poderá estar muito defasada para atender às necessidades do mercado. Mas, o que fazer?

Existe um termo em TI, o ROI - Return on Investment, que pode nos ajudar a encontrar uma solução para este drama.  O ROI é utilizado para avaliar a relação entre o dinheiro investido em uma tecnologia e retorno que ela proporciona para quem a adquiriu. Na prática, significa saber se o software deu lucro– ou pelo menos se cobriu o valor investido – através do uso de suas funcionalidades. Aqui surge outra pergunta importante: a utilização durante um período foi plena o suficiente para garantir que, além dele já ter sido pago, também dá lucro?

Existem várias metodologias para se calcular o ROI, algumas são simples, outras nem um pouco, principalmente porque cada uma delas varia de acordo com os objetivos e os enfoques que se deseja com este cálculo.

Não pretendemos aqui detalhar nenhuma delas, mas abordar um aspecto relacionado à utilização de um software: será realmente que fomos capazes de explorar e utilizar todas as potencialidades e funcionalidades de uma tecnologia? Será que fomos capacitados suficientemente para isso?

Existe uma tendência em muitas empresas de achar que a capacitação deve ficar apenas por conta do profissional contratado para usar determinada tecnologia. Que a contratação deve sempre levar em conta este quesito. Este é um grande erro. Sim, porque os profissionais de capacitação sempre estão se atualizando para garantir seus empregos, mas a sua capacidade de se manter sempre atualizado depende muito de contar com o apoio de seus empregadores. É neste momento que podemos voltar a falar de ROI.

Como dizemos antes, o retorno de investimentos de uma aplicação pode ser medida pelo que ela pode proporcionar à empresa que a utiliza. Mas, se o uso do software está aquém do que ele pode oferecer, logo, a empresa estará perdendo dinheiro. Isto, nenhum executivo de finanças pretende ter em seu currículo. Então, o que a empresa deve fazer é conversar com o profissional usuário da aplicação e buscar uma solução.

A melhor delas, no nosso entendimento, é conhecer todas as funcionalidades da aplicação. E isto também não se consegue apenas lendo o manual. É necessário conversar com outros usuários de outras empresas – e, se forem do mesmo mercado, ainda que concorrentes, melhor ainda. E não é necessário ir até o concorrente para isto. Basta investir em capacitação, participação de eventos sobre as principais tecnologias, participar de fóruns de discussão, redes sociais etc.  A capacitação também deve ser em centro de certificação de elevado nível, que utilizam as versões mais atuais, que possuem professores e instrutores certificados pelos fabricantes. Tem que ser chato neste quesito.

(*) Diretor da ENG DTP & Multimídia, empresa de capacitação e certificação em tecnologias avançadas, que comemora 30 anos de atuação em 2013.

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