Paulo Henrique Pichini*
Atenção senhores CIO’s e provedores de serviços de TI: os processos rotulados pelo mercado como consumerização da informação saíram da seara da computação pessoal e já são considerados como fator critico de sucesso para as corporações. No passado, o tripé que compõe a informação era formado pelos antigos e determinados serviços de dados, voz e imagem. Hoje, a informação está transformada, digitalizada, integrada e transita pela rede de comunicação empacotada de forma padronizada. Vivemos a era da informação com importância vital aos negócios, reconhecida pela comunidade de forma autenticada tanto tecnicamente quanto juridicamente.
Neste cenário, o conceito de colaboração vem para incrementar a forma com que os usuários se comunicam, inaugurando a produção e o compartilhamento da informação dentro de grupos ou conjuntos de pessoas especificas. Nesta nova era, profissionais passam a ter acesso à melhor utilização e a novas experiências no uso das distintas plataformas de computador, telefone, navegador e vídeo. Isto é feito para promover o aumento de eficiência e da produtividade e, acima de tudo, garantir ao usuário que busca informações corporativas acesso em tempo real e totalmente desvinculado do dispositivo ou posição geográfica.
Lembremos que, em um passado próximo, o tratamento da informação era totalmente independente. As empresas mantinham diferentes meios de comunicação, múltiplas equipes de gestão e regras variadas para dados, voz e vídeo. A evolução da tecnologia de empacotamento trouxe a convergência, fazendo da Internet a principal infovia de tráfego. Uma vez conquistada esta marca faltava, ainda, melhor identificar o usuário dos serviços. Essa era uma tarefa importantíssima para o avanço da colaboração. Afinal, na vida real, contamos com vários números de telefone, e-mails e códigos de identificação. Esta realidade dificulta a localização do usuário e, muito pior, associa o usuário a sua posição física (na mesa de trabalho, em casa, na fazenda, etc.).
Isto acaba quando entramos no mundo da Colaboração.
Para realizar este salto, os provedores de tecnologia desenvolveram mecanismos que criam uma identificação única ao usuário (SNR – single number reach). O SNR é atribuído ao usuário por seu número de telefone exclusivo, independentemente de sua localização. Isso significa que o usuário ganha um número único na rede, e esse número o acompanhará onde quer que ele vá. Normalmente, esse número é seu telefone no escritório. Com isso, a colaboração permite que os dispositivos de acesso móveis ou fixos sejam apontados e conectados, realizando a inclusão do usuário ou de um grupo de usuários. Isso é feito sempre com a identidade do usuário ou do grupo de usuários plenamente reconhecida e preservada, incluindo seus atributos de segurança. Esse formato torna invisíveis todos os outros números de telefone do usuário.
A evolução técnica do SNR trouxe, ainda, a identificação única baseada em endereço de email (usuário@domínio). Dessa maneira, o reconhecimento passa a ser por presença pessoal e o acesso torna-se mais rico e seguro. Trata-se de um acesso 100% baseado em protocolo IP, com a capacidade de ser criptografado e ser mais escalável, além de trazer todas as vantagens do primeiro modelo.
Vou batizar esse acesso de SPR (Single Presence Reach), seguindo a nomenclatura usada desde o inicio. Independentemente do nome de batismo, o importante é perceber a eficiência que o conceito de colaboração pode trazer ao mundo corporativo. Estou falando de um mundo em que usuários, clientes e fornecedores são acessados por um único identificador e estão praticamente 100% do tempo disponíveis para uma conversa por voz ou videoconferência; essa conversa pode ser colaborada com apresentação online e ainda incluir interlocutores convocados em grupos e instantaneamente.
Colaboração, cloud e consumerização: tudo em comum
A soma das tecnologias de comunicação unificada com a colaboração da informação forma os pilares básicos e sólidos para o processo de consumerização da informação corporativa. Seus recursos devem obrigatoriamente considerar sua integração com as redes sociais, que também deixaram de ser pessoais para se tornar um ambiente importantíssimo de divulgação e geração de negócios no mundo corporativo.
Note que a colaboração quebra paradigmas tradicionais, substitui a telefonia padrão (PABX + Ramal) e rompe os limites agora ultrapassados de diferenciações entre serviços de dados, voz e imagem. Ela chega para surfar na onda da computação em nuvem e é, portanto, acessível a empresas de grande e pequeno porte, já que muitos provedores vão comercializa-la no mercado em modelo de serviços (“as a service”). Seguramente, a colaboração estará na lista de projetos das empresas novas e nas prioridades das atuais como recurso fundamental para o aumento de eficiência e a transformação de performance em resultados. Mais importante, porém, do que desenhar, adquirir e implementar a solução de colaboração será o processo de disseminação de cultura e as transformação culturais nas empresas. Isso é fundamental para que as empresas entendam como usar a colaboração com critério e inteligência. Os métodos para vencer este desafio serão cruciais para destacar as empresas. Vencerá ou ganhará mais market share aquele que primeiro fizer uso avançado das soluções de colaboração.
Paulo Henrique Pichini
CEO & President
Go2neXt – Cloudcomputing – Builder& Integrator