Com o impacto do coronavírus e a necessidade de se aprimorar procedimentos, a hora pode ser propícia para que empresas entrem em uma era fiscal saudável e em conformidade com a lei
*Por Régis Lima
A pandemia global de COVID-19 expôs a necessidade de empresas mudarem seu cotidiano operacional e se adaptarem às medidas tomadas por autoridades e governos responsáveis. O assunto tem sido trabalhado e discutido por todos, claro, a gravidade do vírus justifica essa comoção e exige uma sensibilidade por parte de líderes e gestores. No entanto, a ideia desse artigo não é enfatizar os prejuízos da situação que vivemos, mas enxergar possibilidades e propulsores para um novo estágio fiscal.
Evidentemente, é fundamental encarar a disseminação do coronavírus com a seriedade que o tema demanda, tratando a vida humana com seu devido valor e adotando práticas internas que priorizem o bem-estar geral. A curva só será achatada se o compromisso for de todos, e esse é um princípio que deve fundamentar ações e medidas tomadas por gestores e líderes.
Mesmo com o impacto da situação atual, a complexidade do quadro fiscal do país continua a mesma, e representa um dilema recorrente para empresas e organizações de setores e tamanhos variados. A fragilidade do momento pode escancarar a importância do armazenamento e repasse de informações, assim como a noção de seguir e cumprir normas legais.
Pensando nisso, preparei um artigo capaz de explorar as principais pontes de crescimento a partir do período conturbado que vivemos. Espero que seja de grande valia para você e sua empresa. Acompanhe!
Home office: flexibilização é o caminho?
Com o decreto de quarentena temporária e o isolamento social, a adoção de home office surgiu como um trunfo para dar continuidade às atividades. No entanto, essa transição não é tão simples, e requer a implementação de ferramentas pontuais para que provoque os efeitos desejados. Quase que literalmente, a tecnologia mostra-se um fator de aproximação em tempos como o atual, sustentando a comunicação interna de modo dinâmico e flexível.
Posto isso, o espaço para que soluções tecnológicas ditem métodos de trabalhos e otimizem processos é amplo e simboliza uma tendência que resulta em melhorias práticas. No home office, exerce um protagonismo ainda maior, pois possibilita que a produtividade das equipes e colaboradores seja preservada. E como isso reflete para o âmbito fiscal? Se o terreno empresarial está alinhado sob a influência da tecnologia, o mesmo poderá receber a automação como um agente auxiliador, potencializando a segurança e assertividade das operações; componentes determinantes em termos fiscais.
Compliance começa no campo teórico
Se a mudança de mentalidade se deu por questões maiores, como a pandemia que atinge a humanidade, infelizmente, os motivos não foram os melhores. É sempre mais difícil tomar medidas inovadoras quando o cenário é adverso e a margem de erros extremamente pequena. Porém, para superar os obstáculos e desafios ocasionados pelo COVID-19, sair da zona de conforto e enxergar alternativas sob uma ótica de inovação pode ser o que faltava para assegurar um futuro positivo.
Seguir normas e obrigações legais é uma necessidade atemporal, ou seja, não depende de crises ou mercados instáveis. O problema é que se o contexto do país está fragilizado e desfavorável para empresas, a dimensão dos danos ocasionados pelo não cumprimento de regulamentações será potencializada, colocando em cheque a estabilidade financeira das organizações.
O Compliance fiscal é um caminho de segurança e embasamento para tomar decisões estratégicas, e adotá-lo talvez seja uma das oportunidades mais relevantes nesse instante tão complicado.
Tecnologia é agente de segurança fiscal
Empresas lidam com uma grande quantidade de dados e informações, de funcionários, colaboradores, clientes, referentes a operações e transações, entre outros componentes essenciais para o andamento do negócio. Esse fluxo, se conduzido de forma manual, não só tomará o tempo de profissionais capacitados com tarefas exaustivas, como aumentará o risco de erros fiscais aparecerem.
A automação não chega para ocupar o espaço protagonizado por pessoas, como alguns insistem em afirmar. Na verdade, trata-se de uma opção viável e assertiva, capaz de assumir o banco de dados e trânsito informacional de forma padronizada e assegurada pela precisão da máquina. Assim, o material humano será redirecionado para atividades complexas e subjetivas, garantindo o devido valor estratégico.
Esses são alguns dos caminhos que podemos seguir em relação à área fiscal do Brasil, após essa crise que certamente irá passar. Faça essa reflexão e participe do debate!
*Régis Lima tem mais de 20 anos de experiência em Gestão de Equipes e atuação em cargos executivos de empresas nacionais e multinacionais do mercado de TI. Atualmente é diretor executivo na Lumen IT.