Kroton terceiriza data center para a T-Systems e repensa estratégia de mobilidade

Com mais de 45 anos de atuação no mercado educacional, a Kroton vem se consolidando como uma das maiores instituições educacionais privadas do mundo. O crescimento vem se intensificando a partir de 2010, com uma série de aquisições, como as do Grupo IUNI Educacional e da Universidade Norte do Paraná (Unopar). Em 2013, a Kroton realizou o maior movimento de sua história, anunciando sua fusão com a Anhanguera e tornando-se líder brasileira em ensino presencial e ensino a distância.

Hoje, a Kroton conta com 125 unidades de ensino superior em 18 estados e 83 cidades brasileiras. Além disso, a instituição tem 726 polos de graduação de educação a distância, mais de 870 escolas associadas em todo o Brasil e ainda 400 polos de cursos livres e preparatórios. Para crescer neste ritmo a Kroton conta com uma área de TI (Tecnologia da Informação) estratégica, desenhada para dar suporte à inovação e que, para isso, depende de estabilidade e disponibilidade.Ailton Brandão Kroton

Essas características foram colocadas como fundamentais quando Ailton Brandão assumiu o cargo de CIO (Chief Information Officer) da Kroton, em 2012. “Quando iniciamos o trabalho de transformação da TI da Kroton, nosso foco foi melhorar a estabilidade dos sistemas. O primeiro ponto que encontramos foi a fragilidade do data center”, lembra.

De acordo com Brandão, a instituição contava com um data center próprio, operado por uma equipe interna, o que trazia uma série de desvantagens: havia uma grande equipe cuidando do data center, e isso exigia supervisão. Por conta disso, grande parte dos esforços do time de TI estava concentrada apenas em tecnologia e não no negócio da Kroton. “Decidimos terceirizar o data center, o que nos permitiria contar com bons profissionais focados no negócio e pensando em como poderíamos ajudar a Kroton a crescer”, explica.

Agilidade

Na busca por um fornecedor externo, a Kroton iniciou o processo de seleção com apoio do Gartner, que a ajudou na elaboração da RFP (Request for Proposal) para a hospedagem do data center. O objetivo era encontrar um provedor que tivesse um data center tradicional e trabalhasse com computação em nuvem. Para isso foi elaborado um longo processo de seleção.

“Visitamos clientes dos vários provedores, checamos certificações, discutimos metodologias e propusemos SLAs muito agressivos”, conta o CIO. A lista inicial formulada tinha 12 empresas. No primeiro check-list, este número caiu para seis que foram submetidos à RFP. A T-Systems, provedor de cloud computing e integrador de soluções que aproximam empresas e clientes finais, foi a empresa que se saiu melhor no processo. Segundo Brandão, do ponto de vista do negócio, estabilizar o data center era o primeiro passo para estabilizar a TI como um todo. “Sem uma boa base para hospedar meus sistemas e minhas aplicações, não consigo crescer e a capacidade de crescimento demonstrada pela T-Systems foi fundamental”, afirma.

Visão de Negócios

Com a migração do data center, concluída em janeiro de 2014, a área de TI da Kroton pôde ampliar sua participação nas definições estratégicas da instituição. Brandão lembra que, hoje em dia, a educação depende cada vez mais da tecnologia. “A prestação do serviço de educação, mesmo nos campi presenciais, tem uso intensivo de tecnologia”, diz, citando como exemplo alunos que precisam assistir aulas na internet para complementar seu aprendizado. Isso sem falar dos cursos a distância, que são 100% dependentes da TI, o que amplia ainda mais a necessidade que o aluno tem de contar com aplicativos estáveis. Para Brandão, a educação vai no mesmo caminho dos serviços financeiros.

“Com nosso data center hospedado na T-Systems, ganhamos agilidade para lançar novos produtos. No modelo anterior levávamos seis meses desde a seleção do hardware até o lançamento. Hoje levamos um mês e, se for em nuvem, fazemos em questão de dias”, comemora.

“No modelo desenvolvido com a T-Systems, os data centers físicos dedicados de produção da Kroton ficam sob a responsabilidade da companhia alemã. Outro benefício percebido com a migração foi a agilidade na criação de novos serviços. No modelo anterior, todo projeto exigia levantamento de fabricantes, entendimento da tecnologia mais adequada, desenho de arquitetura, compra e instalação de equipamentos. “Com a infraestrutura terceirizada, quem cuida dessa camada de arquitetura e serviços é a T-Systems. Simplificamos nossa operação sem perder qualidade”, afirma Brandão.

Para as áreas de negócio da Kroton, a adoção da infraestrutura como serviço se traduz em agilidade. De acordo com o gerente de infraestrutura e serviços da instituição, Adriano Denny, hoje a área de TI consegue responder de forma extremamente rápida. “Um exemplo disso é o crescimento da companhia, com aquisições ou lançamento de novos produtos. Hoje acompanhamos isso com alocação dinâmica de infraestrutura, que cresce nos momentos de pico”, comenta.

Segundo Denny, o novo modelo permitiu a rápida implementação de uma das principais inovações da Kroton que permite aos alunos consultar as principais informações acadêmicas no celular. “O aplicativo móvel se chama Kampus e a T-Systems nos permitiu preparar e colocar esse ambiente em operação de forma rápida, estável e robusta”, completa.

 

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