Projeto “Stefanini Everywhere” contempla três modelos de trabalho remoto, que serão implementados em até 18 meses
Multinacional brasileira incentivará a contratação de profissionais do interior do País
Muitas empresas perceberam que os profissionais podem ser tão ou mais produtivos com o trabalho remoto. Este é o caso da Stefanini, que planeja colocar 50% de seus profissionais em home office após o fim da pandemia. A ideia é trabalhar com três modelos: um de home office total, um parcial e um de flexibilidade em relação a horários. Trata-se do projeto “Stefanini Everywhere”, que incentiva a contratação de talentos em qualquer lugar do País, mesmo que não haja escritório na cidade de origem do candidato.
“Imagine atuar em diversos desafios e projetos sem sair de sua cidade e no conforto e segurança da sua casa? O modelo de home office que estamos construindo permitirá que os novos colaboradores exerçam suas funções de onde estiverem, com a possibilidade de trabalhar em uma grande empresa”, explica Rodrigo Pádua, VP Global de Gente e Cultura do Grupo Stefanini.
Segundo o executivo, a produtividade cresceu pelo menos 10% em todas as áreas da empresa. “Houve um engajamento de todos para fazer o trabalho remoto dar certo”, afirma Pádua, ao mencionar a conquista de novos clientes durante a pandemia.
O “Digital First”, de acordo com o VP, deixa de ser uma tendência e se torna um caminho viável para treinamentos e reuniões, que antes aconteciam apenas de forma presencial por haver dúvidas sobre sua efetividade no modelo on-line. “As viagens corporativas também serão reduzidas. A pandemia mostrou que é possível viajar menos e continuar fazendo bons negócios por meio de plataformas digitais”.
Uma pesquisa da Fundação Dom Cabral e da Talenses, realizada com 375 companhias no Brasil, aponta que mais de 70% sinalizaram a intenção de adotar o home office parcial ou integralmente após a pandemia. Na indústria, o índice chega a quase 80%, enquanto na área de serviços ele é de 89%.
“Nossa expectativa é que a empresa continue crescendo com as novas aquisições, sem a necessidade de ampliação de escritórios. A ideia do ‘Stefanini Everywhere’ é ser mais flexível e inclusivo, até porque há colaboradores que não se adaptam ao trabalho remoto e querem manter o formato tradicional”, afirma o VP Global de Gente e Cultura.
A proposta da Stefanini é repensar como as pessoas podem desempenhar melhor suas funções. No caso do home office, a ideia é fazer algo mais planejado e estruturado para garantir a evolução contínua desse tipo de trabalho, com a garantia de que as operações serão mantidas com a mesma qualidade e eficiência.
“Não temos um modelo fechado, pois estamos aprendendo com o trabalho a distância. Queremos testar novos formatos, analisar o que funciona mais e cocriar com a equipe. A pandemia mostrou que somos capazes de fazer em três meses o que havíamos planejado para o período de três anos”, destaca Marco Stefanini, CEO Global do Grupo Stefanini.
De acordo com Rodrigo Pádua, as plataformas digitais permitiram aos líderes se aproximar mais de suas equipes. “Entramos literalmente nas casas de nossos funcionários, conhecemos seus filhos e animais de estimação. Criou-se uma conexão de que estamos todos juntos numa mesma jornada”.
Onboarding digital
Com a utilização de novas plataformas é possível implementar o onboarding digital, processo pelo qual o novo colaborador passa pelas entrevistas, testes e admissão, sem contato físico com a empresa. Os treinamentos com metodologias ágeis podem auxiliar no mapeamento de talentos e identificação de colaboradores que estejam disponíveis para novos desafios.
“Com o trabalho remoto, as possibilidades se potencializam ainda mais. O mundo mudou, os negócios estão se transformado e todos nós aprendendo com o novo normal. O importante é manter o equilíbrio, a confiança e criar uma experiência do colaborador cada vez mais humanizada e digital para enfrentar os desafios e transformá-los em grandes oportunidades para o futuro. Esta é a grande proposta do Stefanini Everywhere”, complementa Pádua.