Bitcoin, provadores com realidade aumentada e roupas que só existem nas redes sociais são as tendências, segundo a Vogue Business
A norte-americana Vogue Business esteve de olho nas inovações dos experimentos tecnológicos com foco em melhorar o relacionamento do consumidor com a moda e fidelizar o cliente, e fez apostas do que surgirá de novo a partir deste ano. Entre as novidades estão forma de pagamento com Blockchain – carteira virtual –, roupas digitais e compras ao vivo, com o intermédio de provadores virtuais dentro das redes sociais.
1. Popularização da Blockchain
A Blockchain, carteira de criptomoeda que suporta moedas virtuais como Bitcoin, Bitcoin Cash e Ethereum, ficou 23,47% mais popular em 2019, de acordo com a Valor Investe. O ano foi movimentado para essa tecnologia, o que faz crescer a expectativa de que essa forma de pagar e receber se espalhe para compras do cotidiano.
Empresas como Farfetch, e-commerce de moda de luxo nacional e internacional, ingressou na Libra Association de criptomoeda. A LVMH, holding francesa especializada em artigos luxuosos, se aliou à Microsoft na Aura, serviço de inteligência artificial que simplifica e personaliza a relação com os clientes com soluções modernas. E outra empresa da segmentação, a Ba&sh, já possibilita revenda por meio de Blockchain.
Para a Vogue, a expectativa é de que as vendas com carteira digital dessas três potências tenha desenvolvimento acelerado nos próximos meses, dando a oportunidade de bens de luxo serem autenticados e pagos com criptomoedas.
2. Realidade aumentada aplicada às roupas
No ano passado as grifes já estavam dando as caras ainda mais no digital e possibilitando vestir virtualmente – cada uma do seu modo. A Louis Vuitton projetou “skins” para personagens de League of Legends e a Gucci usou realidade aumentada para que seus clientes pudessem experimentar um de seus lançamentos. E é exatamente dessa maneira, mesclando realidade com o que só existe nas telas, que a moda deve aparecer em breve.
3. Compras online mais parecidas com a presencial
Comprar pelo celular já é comum, mas utilizar a capacidade de processamento e internet do aparelho para intensificar as percepções do comprador sobre a peça de roupa escolhida é algo que ainda está por vir.
Essa possibilidade é um aperfeiçoamento da tendência citada anteriormente: a mescla do digital, do físico e das redes sociais. Por exemplo, se um digital influencer fizer uma divulgação de calça jeans masculina em suas redes sociais, o espectador poderá provar virtualmente a mesma peça e ver como ela ficaria em seu corpo – isso ainda dentro do perfil do influencer. A expectativa é de que as principais plataformas, como Facebook, Instagram e YouTube, se aliem a esses novos produtos para facilitar as compras durante lives – em especial, de marcas em parceria com influenciadores.
Esses recursos serão possíveis principalmente com a ajuda do 5G, que permitirá a utilização de gráficos de alta resolução que mesclam som e imagem interativos, permitindo ter na palma da mão uma realidade aumentada ainda mais convincente do que a que temos atualmente.