A pandemia do novo coronavírus impôs medidas de quarentena e isolamento social para diminuir o ritmo de contágio das pessoas. Com isso, os serviços considerados não essenciais ficaram fechadas por um período mais ou menos longo, conforme a situação de cada cidade e estado. E, como consequência, as pequenas e médias empresas, principalmente, foram instigadas a se reinventar, a fim de garantir a sustentabilidade de seus negócios. E a saída encontrada por elas foi o investimento no modelo profissional de negócios digital.
De acordo com a X500, movimento liderado pelos especialistas em marketing digital e em profissionalização de departamentos de marketing, Luciana Duarte e Fernando Cartier, em 60 dias foi possível perceber uma evolução de quase 10 anos nesse modelo de negócio. O crescimento da demanda por pequenas e médias empresas em apenas um mês foi de 30%.
Nesse período, os dois setores que mais demandaram a profissionalização do modelo digital foram o varejo e a gastronomia. Também procuraram esse tipo de serviço, áreas como beleza, estética, medicina, veterinária, academias. “Em um primeiro momento, a busca foi pelo e-commerce, com pequenas lojas organizando suas vendas de produtos online. Logo após, a procura cresceu na área de delivery, porque os bares e restaurantes necessitavam ofertar seus alimentos ao público. Eles perceberam que as redes sociais não iriam atrair um volume de negócios que sustentassem suas empresas”, explica Luciana.
A verdade é que as redes sociais têm passado por transformações constantes e, de acordo com Luciana, se houver alguma mudança no algoritmo (conjunto de diretrizes para execução de uma tarefa) de uma dessas mídias, a empresa pode não obter os mesmos resultados. “A rede social não pertence a nenhum de nós e, cada vez mais, concentra seus esforços e interesses para monetização de si mesma. Isso significa que a preocupação em gerar ferramentas para vender o seu negócio é secundária”.
A aceleração da profissionalização do marketing digital é um processo positivo para a economia porque os pequenos e médios empresários têm a possibilidade de diversificar seu modelo de negócios, atendendo todos os públicos, aqueles que preferem o consumo offline e os que aderiram as compras online.
“Antes da pandemia, o meio digital era como um oceano azul, com poucas empresas obtendo resultados e a grande maioria patinando ou tentando de forma amadora sem qualquer conhecimento. Apenas as grandes empresas buscavam a melhoria da performance e de seus resultados, aprimorando suas estratégias e o uso das ferramentas disponíveis para escalar na internet. Mas, agora, houve uma democratização desse conhecimento e os pequenos e médios empresários estão melhor informados e querem avançar de forma profissional neste modelo, encontrando no mercado agências ou especialistas para execução de um planejamento assertivo. Eles estão dispostos a investir mais nesse mundo digital”, finaliza Luciana.