A crise no Brasil realmente tem mudado a visão de empresários e empreendedores, segundo Laiz Rodrigues, presidente da CFBACC (Câmara de Comércio Brasil Central Flórida). De acordo com a executiva, nos últimos três meses o aumento da procura de empresas brasileiras interessadas em abrir ou expandir um negócio na Flórida cresceu 40%. Hoje, a Câmara já contabiliza 150 membros, há três anos eram apenas 30 associados. Foi diante deste cenário, que eles decidiram realizar o evento “Doing Business with Central Florida”, nos dias 26, 27 e 28 de outubro, no Hotel Radisson, em São Paulo, para mostrar quais são as oportunidades de negócios na Flórida e esclarecer as dúvidas sobre o processo para os interessados em investir. Com a missão, a expectativa é dobrar o número de associados, para atingir 300 afiliados.
Segundo a executiva, os segmentos de maior procura e crescimento são: imobiliário, construção civil, alimentação (restaurantes), TI e hospitalidade. Para se associar à Câmara de Comércio Brasil Central Flórida é necessário um investimento que varia de 175 dólares a 365 dólares. Mas para os brasileiros que participarem do evento, haverá um valor especial: 500 reais.
Laiz explica que o papel da Câmara é ser a ponte entre o Brasil e a América. “Fazemos a conexão entre as empresas e o governo americano – como por exemplo, prefeitura, organizações de apoio, certificação de negócios –, oferecemos orientação de como crescer e estabelecer um negócio no mercado americano, ajudar aos brasileiros na adaptação das leis e da cultura local, etc”. E complementa: “Gosto de dizer que, em primeiro lugar, somos pioneiros em ensinar, em segundo, na prevenção de erros que custam dinheiro e, por último, mas não menos importante, na melhor orientação do investimento”.
De acordo com a executiva, um dos erros mais comuns é que o brasileiro costuma abrir a sua empresa e contratar profissionais renomados para dirigi-la. Na América, a realidade é outra. O dono precisa estar à frente o tempo todo para o negócio ser bem visto e ser um sucesso. Outro problema recorrente é não fazer um business plan. Para se ter uma ideia, em termos de visto, para mudar, por uma questão legal, é preciso planejamento e investimento, pois só o visto EB-5, por exemplo, requer um investimento de 500 mil dólares e demora em média um ano para ser aprovado pelo governo americano. “Muita gente acha que é só ter uma ideia criativa e dinheiro para abrir seu negócio. A América não é o Brasil e a falta do correto planejamento é o maior risco do insucesso”, finaliza Laiz.