BPO de documentos atrai atenção de departamentos de negócios

Por Carlos Pulici*

 

Existem muitos estudos que apontam para a evolução do paperless, quando o papel deixará de ser necessário. A indústria em geral foi precursora desse conceito, pois o volume de documentos necessário para a produção é alto e o tempo de guarda destes documentos também é elevado o que fez com que as companhias começassem a prezar por esse modelo.

Tivemos diversas evoluções alinhadas com esta tendência, e em muitas situações o papel foi realmente substituído pelo documento eletrônico. Mas ao considerarmos a realidade fiscal, regulatória e de infraestrutura do país, percebemos que esse é ainda um futuro distante. Temos realidades muito diferentes entre cada estado e até cidades, e isto aparece com um dos ofensores para a evolução do paperless

Provavelmente não teremos esse modelo como realidade em pouco tempo, mas o Brasil trabalha para que o paperless se torne cada vez mais viável. Ou seja, por mais que comprovadamente seja possível ver os ganhos, existe um período de adoção e maturação desse padrão. A adesão é gradativa, exige tempo e acontecerá com o passar dos anos.

E nesse cenário, cada vez mais setores buscam na TI uma saída eficaz para diminuir o fluxo de demanda e extinguir erros de processos. Assim, o BPO (Bussiness Process Outsourcing) de documentos se torna uma alternativa viável pelo seu baixo custo, eficiência e rápida entrega de resultados.

O BPO de documentos, diferentemente do outsourcing, tem uma proposta maior do que a de terceirização. Ele faz uma gestão por completo dos processos de negócios e por isso se mostra como a opção mais indicada para as companhias. Mesmo assim, a adoção dessa tecnologia não aparece com frequência nos planos dos CIOs. A demanda vem das áreas de negócios. Esses setores têm um papel muito importante nos processos de BPO pois são de fato penalizados ou beneficiados pelo desenho da solução.

O modelo traz ganhos em diversas etapas do processo do negócio. Estão entre eles a agilidade no acesso dos documentos, já que eles ficam na nuvem e podem ser vistos de qualquer dispositivo com acesso; economia no armazenamento físico dos dados, pois o  preço dos espaços em cloud  está cada vez menor e segurança no armazenamento das informações é bastante confiável

No Brasil ainda estamos começando, e apenas 15% das empresas investem na contratação desse tipo de serviço. Mesmo assim o mercado é promissor: a área movimenta US$ 7,9 bilhões ao ano, com crescimento de 16%, superior à média global do setor, que é de 12%. Segundo o IDC,o mercado de BPO deve movimentar cerca de US$ 508 bilhões ao ano em todo o mundo, principalmente nas áreas de contabilidade, atendimento ao cliente e RH.

Aqueles que começarem a utilizar o BPO de documentos terão um diferencial em sua operação. O modelo já está consolidado. É seguro, acessível e traz diferenciais em curto prazo.

 

(*) Carlos Pulici é CIO da Simpress, provedora de BPO de documentos e outsourcing de impressão

 

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