Para crescer, empresas terão que inovar!

*Por Walter W. Koch

Estudo da Ernst & Young publicado pela Folha de São Paulo, em 12/11/2011, revela uma pesquisa realizada com executivos de todo o mundo. Nesta, foram identificadas empresas que pretendem crescer e explorar o poder de consumo da nova classe média mundial e, para tanto, precisam repensar suas estratégias para os próximos anos. Os executivos afirmaram que entender as necessidades desses consumidores e ter excelência operacional e em tecnologia são as estratégias mais importantes nesse contexto.

Por outro lado, após comentar recentemente com um grupo de alunos sobre a sequência de cenas do filme Tropa de Elite 2, na qual o Capitão Matias é designado para gerenciar o arquivo central do quartel, acabei sendo agraciado com um videoclipe deste trecho, permitindo que eu assistisse a este de forma mais detalhada. Chamou atenção não só a perfeição do cenário “arquivo” como o fato de haver caixas box sob a cama da cela, onde o Capitão acaba sendo preso. Para quem não assistiu a este candidato ao Oscar, o Capitão Matias, após cair em desgraça perante o governador, é “promovido” a gestor do arquivo central do quartel da PM. Revoltado com o seu degredo, põe a boca no mundo através de uma jornalista e então é preso.

Fico imaginando esse filme sendo apresentado ao comitê julgador do Oscar, composto por cidadãos norte-americanos para quem a função de arquivista é algo nobre. Segundo pesquisa publicada no site www.salary.com, o salário anual médio de um gestor de registros (records manager) nos EUA é de US$ 76.215,00, podendo ultrapassar os US$ 100.000,00.

Como podemos entender o nosso cliente se as informações sobre este não estão estruturadas de forma que seja possível a extração de novas visões e oportunidades de negócio? Ou pior, ficam em caixas box empilhadas em algum canto?

Não é à toa que a indústria da gestão da informação chama a atual onda em que estamos surfando de EIM – Enterprise Information Management (gestão da informação corporativa), pois o objetivo é termos TODAS as informações, estruturadas ou não, sob uma única camada, permitindo a extração de novos dados através do uso de ferramental de BI – Business Intelligence. Contratos existentes, propostas já apresentadas, perfis de clientes, documentação de concorrentes, e-mails trocados e mensagens de redes sociais podem ser fontes valiosas de informações para a identificação de tendências, deficiências e novas oportunidades, aumentando a vantagem competitiva. É óbvio que todo esse acervo precisa estar organizado e classificado para permitir que essas extrações de informações possam ocorrer. Da mesma maneira, o uso do ECM e EIM para a excelência operacional e a minimização dos processos em papel deveria ter o seu espaço garantido nas agendas do Novo Ano.

Cabe então desejar que em 2012 os executivos brasileiros (72 deles participaram da pesquisa da Ernst&Young) ponham efetivamente em prática as estratégias sugeridas, permitindo que as organizações brasileiras sejam competitivas neste mundo mais globalizado, com uma excelência em tecnologia que possibilita entender os consumidores e ter uma maior qualidade operacional. Além disso, espero que possamos mitigar impactos ambientais com a diminuição do uso do papel nos nossos processos de negócio, expandindo os conceitos do Green ECM.

Um Feliz Ano Novo a todos! E que o Tropa de Elite 2 ganhe o Oscar!

 

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