Como as tecnologias móveis podem ser úteis para a Indústria Farmacêutica

*Por Luciano Sandoval

A Indústria Farmacêutica mundial está enfrentando uma grande mudança estrutural. Mesmo que as vendas globais tenham imagem_release_558580crescido nos últimos anos, as margens de lucro caíram consideravelmente. Isso porque todo o segmento está sofrendo com o aumento de preço dos produtos, a pressão de custos e, principalmente, com as mudanças regulatórias, patentes vencidas e problemas com medicamentos.

Uma pesquisa da associação americana, International Medical Products Anti-Counterfeiting Taskforce (IMPACT), mostra por exemplo, que a nível mundial, a Indústria da Farmacêutica chega a perder, anualmente, dois bilhões de dólares por causa de medicamentos falsificados.

Diante deste cenário, as empresas farmacêuticas devem ajustar seus modelos de negócios para atender às novas exigências do mercado. Isso inclui, além de investimento nos mercados emergentes de alto crescimento, que devem compor cerca de 40% do mercado farmacêutico mundial até 2016, muito investimento em soluções tecnológicas, que podem otimizar os processos de trabalho e reduzir, demasiadamente, os custos para as empresas.

Até alguns anos atrás, o dinamismo e a rentabilidade do setor farmacêutico sempre se baseou no desenvolvimento de novas drogas. Porém, a concorrência com os genéricos afetou os negócios que, por sua vez, iniciaram uma busca indispensável por diferenciais tecnológicos.

As tecnologias móveis, o Cloud Computing e sistema de Business Analytics são ferramentas que têm auxiliado e contribuído para o desempenho de diversas corporações. No âmbito farmacêutico, as tecnologias móveis podem ser aplicados tanto para vendas, quanto para a logística de serviço e relacionamento com médicos, colaboradores, representantes, pacientes e podem melhorar o trabalho de 400 fabricantes e produtores de remédio, 300 distribuidores, 50 mil farmácias, 1550 hospitais, 40 mil postos de saúde, 20 mil clínicas e 50 mil consultórios presentes no Brasil, segundo levantamento recente da PriceWaterHouseCoopers (PwC).

É ainda muito válido destacar que, no final de 2016 passa a valer a regulamentação da Anvisa, que prevê o rastreamento de medicamentos. Embora o sistema tenha sido criado para combater a falsificação de produtos e o roubo de medicamentos, deverá também ajudar na melhoria da competitividade do setor.

Nesse caso, as tecnologias móveis podem ajudar tanto na logística de controle, como em sistemas de monitoramento e rastreabilidade. Tudo feito através de qualquer dispositivo móvel. Com a tecnologia, os fornecedores de medicamentos conseguem ter acesso, em qualquer local do Brasil, a todas as informações de localização dos produtos, com custos reduzidos e muita praticidade.

No caso de vendas, também já existem soluções móveis que facilitam a vida dos vendedores da indústria, atendendo cada um de acordo com suas metas, clientes, prazos, sugerindo pedidos, ações e rotas específicas. A equipe de vendas pode contar com planos táticos e estratégicos, desempenhar melhor suas funções e guardar todo o histórico de relacionamento com os médicos e clínicas.

E não para por aí. As tecnologias móveis estão evoluindo cada dia mais e auxiliando todos os segmentos da indústria de diferentes maneiras. Soluções que agilizam investigação e ensaios clínicos, melhoram o monitoramento de pacientes, capacitam equipes de vendas e permitem que os medicamentos estejam cada vez mais rápido em seu destino final, são exemplos de como a tecnologia contribui para o crescimento da Indústria Farmacêutica.

*Por Luciano Sandoval, diretor Comercial e Marketing da MC1 - multinacional brasileira com foco em processos e inteligência de negócios utilizando a mobilidade como plataforma tecnológica

 

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