* Por Tiago Spritzer
A cada dia se torna mais comum a utilização de computadores, tablets ou smartphones pessoais para fins profissionais, ao invés dos equipamentos da companhia. A tendência do Bring Your Own Device (BYOD) segue em curva ascendente. Estudo recente da IBM revela que 90% das organizações globais estão dispostas a manter ou aumentar os investimentos em tecnologias móveis nos próximos 12-18 meses. Uma das razões para essa expansão é o impacto mensurável sobre a velocidade e produtividade. Metade dos entrevistados relatou um ganho superior a 10% na produtividade dos funcionários com a adoção da mobilidade.
Esses números evidenciam os benefícios desse modelo de trabalho para as empresas e funcionários. Atentas a este cenário, as organizações vêm permitindo e se preparando para incorporar o BYOD em suas atividades. Entretanto as vantagens têm também seus desafios.
Neste sentido, os departamentos de TI precisam ficar alertas aos quesitos de segurança e de gerenciamento. Precisam ter o suporte necessário a essa mudança e não colocar em risco informações internas. É primordial, também, haver uma política de segurança bem desenhada e certificar-se de que os usuários a entenda claramente.
Tornar o uso de senhas mais seguras, ter sempre atualizações recentes e proteção anti-malware e criptografar dados sensíveis, são apenas algumas das preocupações que as empresas devem ter. Outro ponto que as companhias podem se questionar é a respeito da permanência de informações nos dispositivos de funcionários que deixaram a empresa ou nos episódios de perda ou roubo dos equipamentos. Para ambos os casos, há uma ferramenta que permite apagar de maneira seletiva e remotamente dados dos equipamentos selecionados.
É com essas precauções que a IBM consegue administrar o BYOD entre seus colaboradores. Pensando em garantir a privacidade dos dados pessoais, evitar o “vazamento” de informações confidenciais e não causar impacto na vida pessoal dos funcionários, a companhia se preparou com políticas de segurança, treinamentos, termos e condições de uso para os dispositivos pessoais, além de investir em alta tecnologia para prover o serviço com a qualidade, excelência e segurança. É exatamente esse caminho que as empresas que almejam adotar o BYOD devem trilhar.
Todo esse investimento reflete no aumento da quantidade de equipamentos pessoais conectados à rede interna da IBM. No último ano, houve um crescimento de 25% no uso de computadores, tablets e smartphones pessoais. Hoje já são 100 mil telefones inteligentes conectados à rede ibmista. Os números retratam o crescente aumento mundial no número de usuários de dispositivos móveis e a tendência global do BYOD.
Nós somos apenas uma entre tantas empresas que conseguiram enxergar a mobilidade como uma aliada e não uma inimiga. Ao investir em sistemas de segurança e de qualidade para que as informações sejam acessadas em qualquer lugar que o funcionário possa estar ganha-se produtividade, e, consequentemente, lucros. A mobilidade já é uma realidade no mundo corporativo, aderir essa tecnologia a sua companhia será tão indispensável para a saúde dos seus negócios, como um e-mail e a página na web já são.
* Tiago Spritzer é CIO da IBM para a América Latina
