O impacto financeiro da consumerização

Um dos aspectos mais incompreendidos da consumerização é o impacto financeiro nos negócios. Estudos mostram que um número crescente de organizações permite que seus funcionários usem seus dispositivos pessoais para se conectar à rede corporativa e acessar dados para atividades relacionadas ao trabalho – o fenômeno é chamado de BYOD (traga o seu próprio dispositivo, em tradução livre). Entretanto, uma nova pesquisa autorizada pela Trend Micro, empresa líder em segurança na era da nuvem, revela que apenas algumas companhias medem o exato impacto financeiro desse novo modelo de TI, e que menos companhias ainda conseguem definirse a consumerização, de fato, faz sentido nos negócios.

Para ajudar os executivos que decidem sobre a consumerização, a Trend Micro se uniu à Forrester Research para desenvolver o primeiro estudo para indústria sobre o impacto financeiro da tecnologia desse movimento nas empresas. A pesquisa foi conduzida em 2012, nos Estados Unidos e na Europa, e inclui 200 organizações que oferecem formalmente programas de BYOD para seus funcionários. Entre os respondentes estão diretores executivos e gerentes de TI sênior, com um entendimento do impacto do programa em sua unidade de negócios ou organização.

De acordo com o estudo, os fatores chave que orientam a maioria das empresas a definir os programas de BYOD são: aumentar a produtividade do trabalhador (70%) e fornecer acesso às informações corporativas para funcionários que estão fora do escritório (63%). Ao contrário do que se pensa, só uma minoria das companhias vê uma redução de custos em dispositivo (40%), voz (20%) e dados (23%), quando consideram o BYOD.

Outro fato apontado no estudo é que apenas a metade das empresas mede o impacto específico alcançado pelo BYOD, separadamente de outros tipos de processos de negócios. Entre os itens examinados estão os custos de licença de softwares (60%), reembolso para os dispositivos dos funcionários (53%), voz (58%), dados (52%) e custo de reposição de dispositivos (51%).

Em termos de impacto global nos negócios, os respondentes afirmaram que o BYOD, no lado positivo, beneficia a produtividade do trabalhador (66%), e no lado negativo, afeta a gestão dos custos para dispositivos móveis (41%), ligações de suporte para helpdesk (36%) e custos com helpdesk (33%).

O impacto financeiro real do BYOD varia muito em toda a amostra. Entretanto, pela primeira vez, este estudo oferece uma estimativa agregada dos itens mais relevantes, quantificados em termos de médias ponderadas.

Seguem aqui alguns prós e contras revelados:

 

  • 12% de aumento na produtividade do funcionário
  • 15% de redução de custo em substituição de dispositivos
  • 8% de redução em reembolsos por despesas de dados do empregado
  • 5% de redução de custos com treinamentos e cursos
  • 3% de aumento em rendimentos a partir do ponto de partida
  • 8% de aumento no número de ligações de helpdesk
  • 7% de aumento no custo de gerenciamento de dispositivos móveis
  • 3% de aumento nos custos de segurança dos dados corporativos críticos
  • 3% de aumento em custos com servidores
  • 2% de aumento nas despesas paracumprimento de regulamentações

 

De acordo com Hernán Armbruster, vice-presidente da Trend Micro no Brasil, para responder à pergunta chave – BYOD está economizando ou gastando mais dinheiro para uma organização especifica – a análise de custos precisa ser aplicado ao modelo de negócios especifico da companhia. “De um modo geral, serviços orientados a verticais com custos administrativos de pessoal altos estão prontos para ganhar mais com BYOD – devido a um aumento considerável na produtividade do trabalhador –enquanto verticais de indústria e de capital intensivo sentem um impacto menor sobre a linha de partida”.

O executivo explica que as organizações podem, portanto, olhar para o BYOD como uma oportunidade de abrir vantagem na competitividade, ou como um mero custo de negócio. Independente de qualquer consideração financeira, contudo, uma coisa é certa: a consumerização é real e chegou para ficar. “A falta de estratégia na abordagem da consumerização cria riscos de segurança, exposição financeira e um pesadelo gerencial para TI. Melhor do que resistir, as organizações devem abraçar a consumerização para desbloquear seu potencial de negócio. Isso requer uma abordagem estratégica, políticas flexíveis, segurança apropriada e ferramentas de gerenciamento”, finaliza.

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