Falar que o cientista de dados é a profissão do futuro pode parecer um clichê, mas está longe de ser uma afirmação falsa ou exagerada. Na era digital, a infinidade de dados gerados pelas empresas e seus clientes é um instrumento valioso para “reduzir as dores” do negócio e promover um crescimento consistente.
A pesquisa “Profissões Emergentes”, do LinkedIn, aponta que o cientista de dados é um dos 15 cargos que tendem a crescer mais no Brasil em 2020. Para se ter uma ideia do papel da inovação nesse cenário, dentre as 15 profissões destacadas, nove são relacionadas ao setor de tecnologia.
O cientista de dados é um profissional que alia a capacidade técnica de coletar e apurar informações, ou seja, dominar a tecnologia e transformá-la em insights eficazes para o negócio. A boa notícia é que a ciência de dados ainda é um setor a ser amplamente explorado. Quem quiser se especializar nessa área será um ativo valioso no mercado.
“O cientista de dados ajuda o negócio a antever necessidades e futuras ações. Ou seja, não se olha somente para dados do passado. Seu papel é formular hipóteses e prever comportamentos, melhorando os serviços para o usuário e para a sociedade”, diz Fábio Meneghim, gerente de vendas da Hitachi Vantara.
Afinal, o que uma pessoa precisa para se tornar um cientista de dados? Confira algumas dicas a seguir:
1. Entenda o negócio da empresa
Num primeiro momento, o cientista de dados não precisa ter amplo conhecimento técnico. Ou seja, não é tão necessário ser um profissional de TI para iniciar uma carreira no setor. Antes de tudo, o essencial é mergulhar no modelo de negócios da companhia, conhecer os detalhes, o comportamento dos clientes e parceiros, os dados e métricas que permitem uma análise da situação verdadeira do negócio. Isso significa que o cientista de dados precisa ser um expert na sua empresa.
Aliado a esse conhecimento do negócio, vale ressaltar que é essencial ter bons conhecimentos de Estatística e Matemática, afinal a construção de algoritmos é a base da ciência de dados. Ou seja, se você sabe muito do seu negócio mas ainda não tem tanta facilidade com os números, é hora de buscar essa formação e se diferenciar no mercado.
2. Cultive relacionamentos e se comunique bem
Aquele velho estereótipo do profissional de tecnologia que fica no canto do escritório, calado, com várias telas de computador à frente e em silêncio absoluto durante o expediente não se aplica ao cientista de dados. Comunicar-se bem é essencial. Afinal, o cientista de dados precisa estar em contato direto com a diretoria da empresa e os times de marketing e vendas para compreender as dificuldades e necessidades do negócio e quais dados deverão ser analisados para se chegar a um algoritmo.
“O cientista de dados precisa saber interagir com as pessoas, fazer as perguntas certas para as pessoas certas, e acima de tudo ter noções de desenvolvimento humano. Afinal, os dados são gerados pelo ser humano e para o ser humano”, afirma Fábio Meneghim.
3. Busque formação técnica em cursos
A apuração e análise de dados requer alguns conhecimentos técnicos específicos. O cientista de dados precisa dominar linguagens como Phtyon, SDL e R, e isso pode ser alcançado em cursos como os oferecidos pela Data Science Academy e pela Udemy.
Outro diferencial é ter noções de BI (Business Intelligence), que permitem uma análise mais profunda de dados passados da empresa para a construção de hipóteses e insights futuros em sotfwares como o Pentaho, da Hitachi Vantara. Isso tudo, é claro, somado à capacidade de lidar com bancos de dados e informações de diversas fontes, como CRM, ERP, sistema fiscal, sistema de vendas, SPC, Serasa, IBGE, etc.
“Em meio a essa tendência de automatização de vários processos nas empresas com o machine learning e a inteligência artificial, a ciência de dados adquire um papel cada vez mais importante. Afinal, apenas o ser humano tem a capacidade de analisar informações e construir hipóteses a partir delas”, aponta Meneghim.