A dupla certificação não só distingue o Data Center como de altíssimo nível de segurança e preparado para atender aos mais rigorosos padrões internacionais de qualidade, como também marca a entrada da segunda geração de Data Centers de alta disponibilidade no Brasil e na América Latina.
A segunda geração de Data Centers, agora denominados seguros e de alta disponibilidade, considera, além da redundância de infraestrutura elétrica e mecânica, aspectos que vão além do projeto e abrangem também a operação do Data Center. São eles: conceitos preventivos baseados em análise de riscos; segurança (vigilância, controle de acesso); detecção precoce e combate não destrutivo a incêndio; monitoramento integrado; aspectos construtivos e arquitetônicos adequados e procedimentos e práticas para manutenção e intervenção rápida e eficaz nas situações de emergência.
São considerados ainda os sistemas de operação, manutenção, intervenção e recuperação, adequadamente documentados, nas mãos de pessoal treinado, capacitado e apto a tomar decisões, mesmo nos casos de emergências.
Isso porque, com o tempo, percebeu-se que 70% das causas de parada de um Data Center são provenientes de erros humanos, por falta de políticas e procedimentos adequados e devido à não aplicação de outros conceitos igualmente importantes.
“A solução para manter a disponibilidade passou a uma abordagem mais abrangente, considerando não só a disponibilidade através da redundância, mas também outros fatores e conceitos que afetam a disponibilidade, como segurança, controle de acesso, incêndio, localização, rede elétrica e lógica, itens que a norma TIA 942 passou a abranger”, explica o gerente de certificação de Data Center da TÜV Rheinland, Arnaldo Barbulio Filho.
A alta relevância do fator humano em um Data Center exige também a forte utilização de conceitos de prevenção de riscos e principalmente de gestão. Sem um Sistema de Gestão não é possível, ao longo do tempo, garantir que as práticas e procedimentos adequados irão se repetir, mantendo continuamente o mesmo nível de segurança, disponibilidade e integridade.
Por essa razão, segundo Barbulio, hoje o executivo de TI deve estar com sua visão voltada a uma infraestrutura condizente com as novas tecnologias e um corpo de operação altamente capacitado e maduro para fazer frente às diversas situações do dia a dia, que exigem cada vez mais decisões com maior nível de assertividade e rapidez.
“São procedimentos que, em alguns casos, nem as normas internacionais determinam, mas a certificação da TÜV Rheinland considera e exige dos Data Centers, agregando maior valor à toda infraestrutura do cliente”, explica Barbulio Filho.
A 1ª geração
Na primeira geração de Data Centers de alta disponibilidade, a preocupação era direcionada apenas às duas causas de paradas de maior visibilidade: a queda de energia e a alta temperatura na sala de servidores.
O conceito utilizado para a solução de disponibilidade era somente o da redundância, permitindo que manutenções e intervenções, ou mesmo falhas, ocorressem sem paradas, de forma que um segundo equipamento em stand by assumisse, na situação de falha ou parada, a função do primeiro. A partir dessa solução surgiram os níveis Tiers conhecidos do mercado.
