Mudança de Rumos

[private] Qual a participação da ReadSoft no mercado nacional?
Temos uma participação crescente. Nossas vendas mais que dobraram em 2010 no mercado brasileiro.  Estamos presentes em todo território nacional, mas, principalmente, atendemos às maiores empresas do País situadas no eixo Rio-São Paulo.  Podemos dizer que estamos presentes em cinco entre as 20 maiores empresas nacionais. 

O senhor pode dizer que houve uma mudança de estratégia na sua visão da empresa com relação ao mercado brasileiro?
Não só com relação ao mercado brasileiro, como em relação ao mercado latino americano como um todo. A ReadSoft de hoje é totalmente diferente da ReadSoft de três anos atrás. Muita gente ainda nos reconhece como uma empresa focada na entrega de soluções para Document Imaging, mas posso assegurar que este é apenas o front end das soluções que dispomos e estamos implementando, hoje no mercado brasileiro e latino.

Esta percepção está mudando, a partir do momento que começamos a implantar produtos, principalmente ligados a área de pagamentos, recolhimento de impostos, workflow de processos integrados ao SAP, dessas grandes empresas. Estamos realmente interessados em automatizar processos de negócios.

A ReadSoft cria softwares que ajudam as empresas a automatizarem  os seus processos documentais. Estes processos podem ser, por exemplo, para classificar documentos; registrar dados em computadores (de documentos em papel e eletrônicos até notas fiscais); fazer a correspondência dos documentos com os sistemas de  ERP, além de fluxos de aprovação, etc e não está focada apenas em capture.

Qual a sua percepção da maturidade do mercado nacional em relação às suas soluções?
Nos temos diferentes níveis de competência no Brasil. A maturidade atual do mercado não é tão grande devido ao excesso de burocracia e processos ainda existente no Brasil.  Talvez o País ainda esteja um pouco atrás de mercado europeu, por exemplo. Mas, a tecnologia está quebrando estas barreiras e permitindo seu crescimento, devido a estabilidade da economia brasileira. Só para citar um exemplo, entre os países nórdicos (onde está localizada a matriz da companhia) há a automação de apenas três ou quatro processos ligados aos impostos, enquanto que no Brasil, de Estado para Estado, há um alto número de recolhimentos locais a serem processados, além dos tributos federais.  Mas em função da instituição das Notas Fiscais Eletrônicas estes processos estão se simplificando e nossas soluções estão prontas para atendê-los.

Qual a percepção da companhia sobre os mercados brasileiros e latino americano?
Nós decidimos reorganizar nossas operações na América Latina, a partir do México. Mudamos nossos escritórios no Chile para atender a todos os países do Cone Sul com execeção do Brasil, onde temos uma operação separada.

Para a companhia, o Brasil é um forte mercado. Já o México possui uma representatividade um pouco maior em termos de negócios. Uma terceira vertente, para a empresa, é formada pelos demais países latino americanos que juntos tem um forte apelo para nosso portfólio.

O que a empresa espera do Brasil para este ano de 2011?
Primeiro ressalto que o mercado brasileiro não está atrás de nenhum outro mercado. Temos uma área técnica na Alemanha e outra na Polônia, desenvolvendo e adaptando nossos produtos para as necessidades locais e em português. Este ano pretendemos dobrar nosso faturamento. Vejo um mercado amadurecido para nossas soluções e produtos. Já somos referência entre as maiores companhias nacionais. Esperamos um crescimento na base de atendimento do mercado, por meio de soluções especificas, com pessoal altamente especializado que entende a cultura e a forma de fazer negócios, dentro da realidade brasileira. [/private]

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