*Por Daniel Moraes
Inovação, este é o tema! Mas como milhões de outros textos existentes sobre o assunto, este também não será inovador.
Repetição, é o sentimento que encontramos ao sermos bombardeados com textos, reportagens e frases sobre o tema inovação. Interessante o fato de algo que representa o novo ser sempre descrito utilizando os mesmos argumentos.
A minha ferramenta é melhor, minha metodologia funciona, tenho um processo revolucionário, agora é a hora de aplicarmos isso, olha a frase pronta deste grande inovador e assim seguimos tentando inovar por meio da defesa de bandeiras. Confesso que não consigo embarcar nestas fórmulas prontas.
No meu ponto de vista, não tem certo e errado, apenas diversas opções para conduzir o tema, sendo que o nobre está em aplicar um pouco de cada onde fizer sentido. Porém o maior valor está no fato de que a realidade sempre estará lá fora: no mercado, nos seus clientes, na vida real.
[Se] inovação é quando geramos de alguma forma valor, se para gerar valor precisamos ir até o fim na implementação do que é proposto, se o que foi proposto precisa resolver o problema ou atender um desejo de um grupo relevante, se este grupo relevante precisa conhecer a solução proposta e adotar a mesma para desta forma reconhecer e remunerar o valor...
[Então] a inovação precisa de muitas contribuições para ter sucesso, o novo mundo é colaborativo e aqui entram as colisões. Colisões de ideias, de visões, de culturas, da forma de resolver algo. As colisões com clientes, com o mercado, com concorrentes, com novos entrantes, com outras frentes que em um primeiro momento não tem nada haver com seus objetivos. A colisão irá permitir conhecer os problemas existentes em um determinado segmento de mercado e também definir opções de soluções para resolver os mesmos.
Próximo passo é experimentar, falhar rápido e sem aplicação de grande quantidade de recursos, não ter medo de testar. Aqui é importante uma excelente comunicação para alinhar as expectativas de todos os envolvidos, pois pequenas falhas são positivas!
Após boas falhas e alguns acertos, é hora de remodelar os planos e implementar a solução com foco em atender a necessidade de time-to-market dos seus clientes. Execução perfeita e empática com as necessidades dos clientes é mandatória.
Esta solução precisa ganhar escala e para isso, o BackOffice precisa estar pronto para suportar este crescimento, uma vez que você conseguiu ter algo bom nas mãos, não pode decepcionar os futuros clientes no momento da primeira experiência.
O cliente gostou? Você conseguiu com que seu cliente remunere a sua solução conforme esperado? Se sim, parabéns! Você fez uma inovação.
Política, economia, problemas externos e etc.? Desafios sempre vão existir, vai da inteligência na estratégia de estruturação desta nova inovação definir ações para mitigar o ambiente externo. Só não é aceitável não tentar.
Você concorda? Já que o mundo será cada vez mais colaborativo, quem sabe suas contribuições nos comentários não podem tornar este texto finalmente inovador!
*Por Daniel Moraes – Gerente de Iniciativas Estratégicas da Embraco