Pix acelera inclusão financeira e fomenta nova “economia instantânea” na América Latina, mostra Beyond Borders, do EBANX

Em uma região onde cerca de metade da população não possui conta em banco, novos métodos de pagamento têm contribuído para impulsionar o mercado digital da América Latina, segundo uma nova análise do estudo Beyond Borders do EBANX, fintech de pagamentos na América Latina que conecta empresas globais a consumidores da região.

Métodos como o Pix e as e-wallets abriram caminho para uma grande mudança no mercado digital da América Latina, com mais de 150 milhões de pessoas comprando online pela primeira vez ao longo dos últimos dois anos.

"Os pagamentos instantâneos e as carteiras digitais são alguns dos métodos mais eficientes para gerar inclusão financeira e permitir que milhões de latino-americanos tivessem acesso a bens e serviços digitais", afirma Paula Bellizia, presidente de Pagamentos Globais do EBANX. "Esses pagamentos têm conectado mais empresas a consumidores, muitos dos quais são compradores digitais de primeira viagem, que desejam mais variedade e uma experiência de compra simples e intuitiva. A ascensão dessa nova 'economia instantânea' é peça chave para que empresas de todo o mundo acessem o enorme potencial do mercado latino-americano e aumentem sua fatia neste bolo."

O e-commerce da América Latina deve crescer 31% ao ano até 2025, segundo dados da Beyond Borders -- uma aceleração comparável apenas à dos mercados asiáticos.

Uma nova era de pagamentos instantâneos chegou, liderada pelo Pix

Um dos destaques do novo estudo Beyond Borders é a revolução do Pix, método de pagamento instantâneo desenvolvido pelo Banco Central do Brasil e que, em pouco mais de um ano de existência, já foi usado por mais da metade da população brasileira -- uma penetração maior que a de cartões de crédito.

No EBANX, o Pix vem crescendo cerca de 40% ao mês, ajudando a aumentar a base de usuários de seus clientes e conquistando a preferência do consumidor em quase metade de suas compras online.

De acordo com a última análise da Beyond Borders, a maioria dos brasileiros que usam o Pix são consumidores online de primeira viagem: 62% dos usuários do EBANX que pagaram com o Pix não haviam feito nenhuma compra naquele site ou aplicativo no último ano. Essas transações representaram 40% de todo o volume Pix para as empresas que usam o EBANX -- e um aumento de 20% nas vendas em geral.

A usabilidade do Pix e a alta penetração de celulares no Brasil ajudam a explicar seu sucesso. Hoje, 98% de todas as transações Pix são realizadas por celulares, o que representa cerca de 70% do volume da nova forma de pagamento, segundo dados do Banco Central do Brasil obtidos pelo EBANX. A participação de telefones celulares cresce a cada trimestre, demonstrando a facilidade de uso e adoção do novo pagamento.

"É fascinante ver como os consumidores migraram massivamente para o Pix em pouco mais de um ano. Isso demonstra um alto nível de confiança em um novo método de pagamento digital. Para a América Latina, isso é transformador", afirma Erika Daguani, VP de Produto do EBANX.

Pagamentos alternativos aumentam o acesso e simplificam a experiência dos compradores

À medida que o ecossistema de comércio eletrônico da América Latina amadurece, novos tipos de pagamentos instantâneos inauguram uma nova era de relacionamento com o consumidor, que espera uma experiência de compra mais amigável e intuitiva, maior flexibilidade de pagamento e confirmação e entrega mais rápidas.

"O Pix democratiza o acesso ao e-commerce e traz mais gente para a mesa. Pessoas que não tinham cartão de crédito, por exemplo, ou empreendedores que não tinham maquininha, agora podem receber pagamentos rapidamente pelo Pix", comenta Daguani.

A melhora na experiência de compra online com carteiras digitais, outro método de pagamento de rápido crescimento na América Latina (que atingiu 11,5% do mercado digital da região em 2021), é indiscutível. "Elas são fáceis de usar, compatíveis com dispositivos móveis, não exigem que o consumidor tenha uma conta bancária e permitem que se faça uma compra com apenas um toque e notificação instantânea", diz a executiva.

Open banking deve impulsionar uma nova experiência de compra online

Em paralelo aos pagamentos instantâneos, reguladores da América Latina e do mundo estão promovendo iniciativas para apoiar o desenvolvimento do open banking -- de forma a incentivar mais inovação, concorrência e eficiência no setor financeiro, além de aumentar o acesso de produtos e serviços financeiros a uma parcela mais ampla da população. Na América Latina, o Brasil continua a liderar a regulamentação do open banking, enquanto países como México e Colômbia preparam sua implementação para o final de 2022.

Com o open banking, usuários poderão escolher entre produtos e serviços de vários bancos e fintechs, tudo em um único ambiente. "As empresas terão que investir ainda mais na experiência e satisfação do cliente, que é exatamente o que os reguladores querem. Se você quer manter o seu cliente, precisa prestar um bom serviço", afirma Wagner Ruiz, cofundador e CRO (Chief Risk Officer) do EBANX.

A oportunidade cross-border na América Latina

Num mercado em rápida transformação, existe um nicho com uma aceleração ainda mais intensa: o e-commerce cross-border. As compras internacionais online na América Latina movimentarão cerca de US$ 45 bilhões em 2022, segundo dados da Beyond Borders. Espera-se que sua taxa de crescimento anual atinja 35% até 2025 -- acima do crescimento geral de 31% na região. O interesse de players internacionais na LatAm, além da retomada do setor de turismo, deve impulsionar esse mercado.

Em alguns países da América Latina, como México, Colômbia e Chile, as vendas online internacionais crescem bem acima do e-commerce doméstico, puxando o mercado como um todo. No México, segundo maior país da região e onde a proximidade com os Estados Unidos estimula o comércio transfronteiriço, o salto foi de 59% em 2021 -- contra 28% do comércio eletrônico local.

"É, sem dúvida, uma grande oportunidade para empresas globais que desejam expandir para a América Latina", disse Bellizia.

Para baixar a nova análise do estudo Beyond Borders, clique aqui !

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