Paperless e workflow entre as prioridades dos bancos

A inclusão de novos consumidores no setor bancário traz desafios e oportunidades para o desenvolvimento da TI interna. O tema foi abordado no CIAB 2013, congresso de tecnologia bancária, por CIOs das instituições. De acordo com pesquisa da Booz & Company e da Febraban, o nível de bancarização cresce 5% ao ano e alcança 66% da população. Mesmo assim, deixa o Brasil longe de países desenvolvidos, onde esse número chega a 90%. Somente em 2021, o Brasil chegaria a esses níveis internacionais.

Mas o pouco que o setor avançou nesse sentido nos últimos anos já traz enormes desafios para o negócio. “Abrimos mil agências no ano passado, a aproximação com o consumidor foi feita, agora precisamos criar produtos e serviços para essa nova faixa de consumidores”, disse o vice-presidente de TI do Bradesco, Aurélio Conrado Boni.

“A saída está na mobilidade”, alertou o vice-presidente de Tecnologia do Itaú-Unibanco, Alexandre de Barros. De acordo com o estudo da Booz & Company, os canais digitais ultrapassaram os meios tradicionais de oferta de serviços bancários em 2012. Se o ritmo continuar, em mais cinco anos as agências, call center e telefone serão apenas 25% do volume de transações realizadas.

Sistemas que trabalham com Big Data, cloud, paperless e workflow também estão entre as tecnologias que poderão impulsionar os negócios nos próximos anos. Eles são ferramentas que transformam processos, cortam custos e trazem eficiência operacional, diz o estudo da Booz &Co.

“Devemos aproveitar o que já existe no mercado e pode dar retorno rápido porque há muito o que fazer e exige investimento e planos de longo prazo. Tudo que possa trazer resultado agora, servirá para estabilizar essas ações futuras”, comentou o CIO do Santander, Fernando Diaz Roldan.

Para o vice-presidente de TI da Caixa Econômica Federal, Joaquim Lima de Oliveira, é possível tirar mais proveito da infraestrutura tecnológica dos bancos. “O aumento de investimento em software e desenvolvimento interno mostra que estamos fazendo mais com o que existe em hardware e telecom”, disse, sobre o dado do estudo que aponta crescimento de 20% no gasto com software enquanto hardware e telecom ficaram estagnados em 2012.

 

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