*Por Chris Paap
Não importa se você administra uma infraestrutura virtual modesta de apenas dois ou três hosts com algumas poucas máquinas virtuais (VMs) ou se realiza a gigantesca tarefa de gerenciar centenas de hosts com dezenas de milhares de máquinas virtuais, o escalonamento e o dimensionamento adequados são fundamentais para a manutenção do desempenho operacional.
No entanto, para fazer isso corretamente, é primordial não apenas realizar a análise preditiva, mas também obter números concretos que indiquem que cargas de trabalho serão adicionadas em um momento futuro. Na verdade, como pode ser comprovado pela maioria dos administradores, geralmente não temos os dados certos para fazer previsões de crescimento precisas. Então, além de uma bola de cristal que permita fazer previsões precisas, que elementos deverão ser levados em consideração quando chegar o momento de escalonar e dimensionar a infraestrutura virtual?
Bem, não existe uma maneira universal de escalonar e dimensionar ambientes que permita acomodar o crescimento e manter o desempenho no nível mais alto. Como todos os ambientes apresentam variações, a chave é identificar os objetivos relacionados ao que você está tentando realizar.
Por exemplo, a alta disponibilidade (HA) e a tolerância a falhas são requisitos da maioria dos ambiente de produção; o que difere é o tempo de SLA aceitável para recuperação após uma interrupção. O modo como você fornece HA e tolerância a falhas deve constituir um fator importante ao determinar o modo de escalonamento.
No passado, a maioria dos administradores fazia o escalonamento com grandes hosts e adicionava o máximo de VMs possível. O resultado eram poucos hosts muito grandes e alta densidade de VMs. No entanto, quando um servidor de alta densidade repentinamente parava de funcionar, todas as VMs precisavam ser reinicializadas em outro host do cluster. Se tiver esse modelo, mas também tiver um requisito de SLA com pouco tempo de inatividade durante uma interrupção (como uma falha de hardware em um host), você deverá garantir que tenha a infraestrutura de rede, servidor e software subjacente necessária para acomodar uma recuperação rápida.
Por esse motivo, muitos administradores começaram a escalonar horizontalmente em vez de verticalmente para não apenas reduzir os riscos de um único host parar de funcionar e interromper um grande número de VMs, mas também devido à adoção de uma infraestrutura convergente.
O tipo de tecnologia usada no ambiente virtual também desempenha um papel no escalonamento. A infraestrutura convergente combina rede, servidor e armazenamento em uma única unidade, e a hiperconvergência leva isso um passo à frente usando uma infraestrutura centrada em software que integra todos esses componentes em um hardware commodity horizontalmente escalonado. A nuvem também leva isso um passo à frente, pois a commodity não é mais o hardware, mas sim os ciclos de CPU, a E/S de armazenamento e a E/S de rede.
Pode parecer óbvio que o planejamento seja um componente fundamental do escalonamento, mas constantemente são tomadas decisões arquitetônicas que levam em conta um marco tático, e não tecnologias disponíveis e objetivos.
Um componente frequentemente ignorado no escalonamento de infraestrutura virtual é o monitoramento. É crucial sempre validar e confirmar que o desempenho atende ou excede suas expectativas. O bom monitoramento deve, além de detectar o mau desempenho, identificar tendências e ações de otimização que garantam a manutenção do desempenho operacional e permitam que você fique acima da média. É importante observar que a infraestrutura de monitoramento deverá ser escalonada junto com o ambiente virtual. Para manter o crescimento, você deve considerar os intervalos de sondagem, o tempo de retenção de dados e o número de objetos virtuais sendo monitorados como requisitos de dimensionamento, capacidade e desempenho da solução de monitoramento.
Chris Paap, gerente técnico de produtos da SolarWinds