A internet começou a se popularizar no Brasil na década de 90. Nos anos 2000, surgiu a primeira rede social de sucesso no País, o Orkut. Agora, na segunda década do século 21, smartphones, tablets, redes sociais e todas as possibilidades tecnológicas e de interação que a internet nos proporciona não são mais novidades, já estão intrínsecos a sociedade atual. Com a evolução tecnológica também estamos mais rápidos, a velocidade está inerente a nossa geração.
Hoje as pessoas são usuárias de redes sociais e dispositivos móveis e mais do que isso, necessitam destes meios para se comunicar. Mesmo os que não são heavy user. Quem tenta ignorar este novo cenário não tem mais espaço – seja no mercado de trabalho ou em qualquer outro ambiente social. Só o Facebook, que é a rede social mais utilizada atualmente no Brasil, possui mais de 50 milhões de usuários, aponta uma pesquisa recente do SocialBekers.
A sociedade atual precisa trocar informações com rapidez, contar aos outros o que ficou sabendo, compartilhar nas redes sociais. Se o trânsito está ruim, por que não postar no Twitter? O seu filho nasceu. Por que não mostrar uma foto no Facebook? Esta troca de informações e de ideias faz parte desta geração e as empresas podem e devem se aproveitar deste novo perfil.
Notícias, vídeos e fotos se espalham com uma rapidez imensurável. As pessoas gostam, compartilham e quando se dão conta já são mais de 1 milhão de acessos. E não adianta apenas dividir a informação, é preciso ser o primeiro. O excesso de dados faz com que a notícia de ontem seja muito velha. A informação ganha relevância com a velocidade. Quanto antes você sabe, melhor. As empresas não podem fechar os olhos frente a estas transformações e precisam acompanhar o movimento social.
Diante desse novo cenário, o social business tem se tornado cada vez mais importante na rotina das organizações, principalmente, porque acredito que seja a maneira mais eficiente de estar em contato com todos ao mesmo tempo. Uma rede social interna promove integração entre os departamentos; facilita a integração externa, com clientes, por exemplo; é um ótimo repositório de informações; facilita e incentiva a comunicação; e estimula a inovação e a colaboração entre os profissionais.
As empresas não podem guardar informações ou priorizar um grupo de pessoas. Certamente, informações estratégicas devem ser conservadas. Mas a maioria das coisas que acontecem podem e devem ser compartilhadas, o que incentiva a troca de ideias e pode resultar em ótimas soluções. O colaborador bem informado sobre a organização tem melhores condições de sugerir novas ações. O cliente pode comentar um caso de sucesso com seus parceiros e transformá-los em prospects.
A rede social corporativa é o espaço no qual a empresa pode divulgar tudo o que for relevante para os seus colaboradores, clientes, parceiros e prospects. É um ótimo canal de comunicação e proporciona este contato direto com todos. Além de ser um ótimo repositório de informações. Tudo o que for relevante sobre a empresa pode ser colocado na rede corporativa. Desta forma, os dados não ficam dispersos e estão disponíveis para serem lidos e comentados.
Este é outro ponto importante, os colaboradores devem ser ativos, assim como são em suas redes pessoais. Existem três tipos de usuários: os postadores, os comentadores e os leitores; e todos são importantes para que as informações circulem no social business. Por isso, a rede também deve ser convidativa a participação do usuário, que precisa se sentir a vontade para comentar e trocar ideias. Caso contrário, se torna apenas um repositório de comunicados e não alcança o objetivo.
* Marcos Abellón, diretor geral da W5 Solutions – empresa especializada em soluções de Business Intelligence