Fraudes de dados: início, crescimento e como se prevenir

Desde os primórdios da humanidade a questão da fraude sempre foi o calcanhar de Aqulies das organizações e dos países. O primeiro código que se tem conhecimento, para coibir e punir a fraude, é código de Hammurabi (aproximadamente 1750 A.C.),sendo um dos mais antigos conjuntos de leis já encontrados na humanidade.

Muitos consideram que a questão de fraude está diretamente ligada ao processo econômico e cultural de cada país, o que no meu entendimento tal argumento acaba sendo plausível, uma vez que os próprios Egípcios, aproximadamente antes 500 A.C fraudavam os cartuchos de identificação dos faraós, substituindo o nome de um faraó por o de outro faraó em diversas esculturas e monumentos.
Nos tempos atuais com a estabilidade econômica no Brasil e o aumento do consumo gerado pela estabilidade da economia, o aumento da fraude documental começou a aumentar significamente trazendo transtornos financeiros às instituições.
Grande parte da dificuldade na identificação da fraude documental se deve a falta de padronização dos governos quanto aos documentos emitidos pelos órgãos emissores bem como com a descentralização das informações geradas por estes órgãos emissores. Por mais que as instituições possuam sistemas de Credit Scoring eficientes, nada adiantará perante o documento fraudado.
Segundo dados da Polícia Federal, atualmente cerca de 1,5 milhão de documentos são roubados, extraviados ou furtados no Brasil por ano. A falsificação de carteiras de identidade soma 72% de golpes em bancos e instituições comerciais.Outra informação de grande relevância é de um estudo inédito divulgado pela ACI Payment Services, empresa americana especializada em transações financeiras eletrônicas, mostra que o número de fraudes no sistema bancário brasileiro em 2010 cresceu 30% em relação ao ano anterior.Um levantamento realizado pela Serasa Experian aponta a taxa de perdas por fraude de subscrição nas empresas brasileiras. No Brasil o índice de fraude de subscrição chega a 5 % da receita líquida das instituições
A fim de coibir a fraude documental e aumentar a receita das instituições, o mercado de tecnologia vem se movimentando na busca de novas ferramentas. Entre as ferramentas atuais de mercado, particularmente eu achei uma muito interessante. Esta ferramenta utiliza uma grande base de conhecimento para que qualquer pessoa possa validar não apenas números, mas a autenticidade do documento apresentado.
A análise é realizada pelo próprio usuário na qual em posse do documento de identificação, válida as informações existentes no documento, seguindo as regras indicadas pelo sistema, gerando assim no seu final um score com o grau de risco de fraude do documento consultado.
Basicamente a validação junto à base de conhecimento é feita através das seguintes informações:
- Cronologia de datas
- Do delegado que assinou o documento,
- Brasão x Estado de origem;
- Unidade Federativa;
- Órgãos emissores;
- Regras de construção;
Estas e outras informações compõem mais de 6 mil combinações de características que são processadas automaticamente pelo sistema em um curto intervalo de tempo onde eventuais irregularidades são apontadas de maneira simples e intuitiva, evitando assim de forma assertiva a fraude documental.
Como podemos perceber o processo de fraude é antigo não havendo horizontes para a sua extinção, contudo com o desenvolvimento de ferramentas como esta, muito em breve será possível reduzir as perdas com a fraude documental.

*Texto escrito por José Antonio Galves, responsável pela Gestão Documental da Vivo.

 

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3 Responses to "Fraudes de dados: início, crescimento e como se prevenir"

  1. Comentário enviado por André Ribas, em 20/09/2011 as 6:09 pm

    Excelente texto, parabéns! Acredito que os números reais de fraudes sejam ainda mais expressivos, dado que a subnotificação (ausência do registro da fraude na polícia) é muito alta para esse tipo de crime. Considerando a engenhosidade dos criminosos, é fundamental que os emissores aumentem o nível de segurança dos documentos passíveis de fraude. Especialmente, fornecendo dispositivos de segurança baseados no conteúdo do documento e não apenas no suporte (papel). E isto aliado com uma forma conveniente de conferência do documento. Outro exemplo que se pode citar, além do apresentado, é a utilização de códigos 2D que, lidos por celulares, fornecem os dados originais correm mais risco de serem fraudados

  2. Comentário enviado por jose.galves em 16/10/2011 as 5:10 pm | Em resposta a André Ribas.
    Muito Obrigado André.
    Realmente os números acabam sendo muito maiores do que os divulgados.Mesmo com o alinhamento de pessoas,processos e tecnlogia a engenhosidade dos criminosos parece não ter limites.
    A melhor forma de tentar minimizar o risco de fraude é se utilizando das tencologias

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