Nunca a impressão digital foi tão utilizada como agora

Superando todas as previsões, este ano os sensores biométricos de impressão digital foram definitivamente incorporados à rotina de milhares de pessoas de várias partes do mundo. Como grande vantagem, já de saída, a biometria identifica ‘quem’ está fazendo ‘o quê’ de maneira simples sempre que um sistema exige autenticação de pessoas através da leitura de suas impressões digitais. Além de aumentar a segurança de inúmeros procedimentos, evitando que uma pessoa se passe por outra e consiga obter benefícios indevidos, do ponto de vista do usuário a conveniência e a facilidade desse tipo de tecnologia são cada vez mais valorizadas.

Na opinião de Juan Carlos Tejedor, diretor comercial da Lumidigm para a América Latina, o uso da identificação digital é ascendente e deverá aumentar ainda mais em 2014. No mercado financeiro, principalmente nas operações realizadas em caixas eletrônicos, esse é um recurso que vem mudando completamente o jeito de as pessoas efetuarem transações bancárias com segurança. No Brasil, dos 180 mil caixas eletrônicos instalados, 60 mil contam com algum tipo de tecnologia biométrica – sendo que mais de 30 mil optaram pelos sensores de imagem multiespectral. “Cerca de 15 milhões de brasileiros têm acesso à identificação biométrica nos caixas eletrônicos. Em 2014, devemos crescer 35% nesse segmento, aumentando a base instalada para 50 mil”.

Do ponto de vista do usuário, a experiência tem se mostrado muito bem-sucedida, haja vista que os sensores de imagem multiespectral praticamente não apresentam qualquer problema já na primeira tentativa de uso do leitor. Isto porque essa tecnologia permite enxergar tanto uma camada superficial da pele como uma segunda camada mais profunda, em que os vasos sanguíneos reproduzem o desenho exato da superfície do dedo. Sendo assim, memorizar senhas está sendo considerado ‘coisa do passado’. Para sacar dinheiro num caixa eletrônico, por exemplo, basta inserir o cartão do banco e aproximar o dedo do leitor de impressões digitais. Simples assim. Sem exigência de senhas, a tecnologia de imagem multiespectral é capaz de reconhecer impressões digitais de pessoas com dedo desgastado, úmido, oleoso, ressecado e sujo, atendendo a vários grupos populacionais.

Na Argentina, o banco Supervielle – que tentava conter fraudes no recebimento de pensão por indivíduos que se passavam por pessoas já falecidas – foi premiado pela iniciativa de implantar o sistema biométrico em agências e terminais. Na primeira fase do projeto – que é pioneiro no sistema financeiro daquele país – cerca de um milhão de aposentados serão beneficiados, tendo acesso aos leitores da Série-V da Lumidigm. Numa segunda fase, a autenticação biométrica provavelmente será ampliada para todos os clientes do banco, a fim de facilitar o acesso a outros serviços para um número maior de clientes.

Mas os benefícios dos sensores biométricos de imagem multiespectral não se restringem apenas ao sistema financeiro. Phil Scarfo, vice-presidente mundial de vendas e marketing da Lumidigm, afirma que a biometria é uma tecnologia tão versátil, que vem sendo utilizada nos mais diversos ambientes e negócios. Até mesmo nos parques de diversão eles vêm sendo usados para controlar a presença dos visitantes. “Todos os dias, mais de 200 mil norte-americanos e asiáticos usam nossos sensores biométricos de imagem multiespectral para ingressar nos mais variados parques de diversão com segurança e agilidade”.

Num outro segmento, o executivo conta que, recentemente, a Lumidigm instalou sensores biométricos no Aeroporto Internacional Baltimore-Washington (Estados Unidos). “Quase dez mil funcionários já foram cadastrados no sistema de identificação biométrica. Os leitores controlam até mesmo o acesso à pista através de unidades implantadas ao ar livre. Quando um sensor biométrico é tocado, a imagem capturada é comparada com um gigantesco banco de dados para identificar o indivíduo. Na sequência, o controle de acesso é liberado ou não.”

Scarfo também destaca a presença dos sensores biométricos nos serviços de fronteira. No Senegal (África), onde são emitidos 300 mil vistos por ano, os sensores de impressão digital estão sendo implantados em 66 estações fixadas em embaixadas, consulados e postos de fronteira. As estações devem integrar soluções de biometria, registro biográfico e fotográfico, além de assinatura digital. Já no Quênia, Benin, Zâmbia e Uganda, os sensores biométricos estão contribuindo para diminuir o déficit de vacinação de milhares de africanos.

“Como o processo de vacinação depende de um grande número de profissionais de saúde que atendem áreas muito grandes e remotas, a nova tecnologia está evitando que pessoas sejam imunizadas mais de uma vez desnecessariamente e outras sejam esquecidas, desperdiçando um grande suprimento de vacinas. Com dispositivos móveis de baixo custo, o registro de vacinação biométrico está sendo operado e gerido em campo. Assim, pacientes adultos e crianças estão sendo identificados e cadastrados no sistema. Quando um paciente retorna, seu histórico de vacinação é consultado a partir da sua identificação biométrica, permitindo que o profissional de saúde ofereça atendimento adequado”, explica o executivo – certo de que, em 2014, os usos da biometria serão ainda mais diversificados.

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