Sofisticação e alta complexidade são os parâmetros que vão comandar a terceirização de serviços de tecnologia da informação no Brasil nos próximos anos. O consumo em alta e a diversificação dos negócios obrigam as operadoras especializadas ampliarem o cardápio de serviços para além da manutenção da boa infraestrutura, com opções capazes de trazerem maior competitividade, automatização de processos e análise de dados.
Somam-se a esses desafios as constantes atualizações tecnológicas e o surgimento de plataformas como a computação em nuvem, a mobilidade e as redes sociais. “Antigamente, as empresas terceirizavam para obter redução nos custos com tecnologia. Agora, percebemos que elas buscam valor agregado” explica Márcio Caputo, vice-presidente do Grupo ASSA, multinacional latino-americana de TI que busca integrar pessoas, tecnologia e conhecimento por meio da terceirização (outsourcing).
Com 45% do seu faturamento total no mercado brasileiro, a companhia acaba de inaugurar um Centro de Outsourcing Mundial em São Paulo para oferecer mão de obra especializada no desenvolvimento regional e global de seus clientes em parcerias de longo prazo. O novo escritório acompanha a migração de contratos puros de infraestrutura para serviços mais complexos que possam automatizar todas as soluções de gestão de negócios, desde a produção até o usuário final.
O escritório brasileiro é voltado ao atendimento de três perfis de clientes: grandes companhias estrangeiras com operação na América Latina, empresas locais de grande porte com atuação restrita ao mercado interno e companhias brasileiras que caminham para a expansão internacional. Esse último perfil é um dos principais eixos estratégicos, segundo o CEO e presidente do Grupo ASSA, Roberto Wagmaister. ”Nosso objetivo é ajudar as empresas a melhorar seus processos de negócios e acompanhá-los em sua expansão internacional ao compreender e utilizar a tecnologia como um facilitador de mudança”, diz.
Para gerar conhecimento e valor, a companhia também aposta na especialização em mercados como varejo, saúde, bens de consumo e recursos naturais, com profissionais voltados para pesquisa e desenvolvimento de tecnologias digitais emergentes e com equipes experientes dentro desses setores. Entender suas potencialidades, impactos e restrições auxiliam as empresas no desenvolvimento de visões integradas sobre como estas tecnologias podem transformar as operações empresariais.
Para Wagmaister, hoje existe um grande mercado para ocupar dentro das corporações descontentes com a qualidade de serviços prestados por outros países, como a Índia. “Existe um novo fenômeno. A segunda onda da terceirização de serviços na área de tecnologia prioriza agora a personalização, com respeito à cultura do cliente, fuso horário e linguagem. Mais companhias buscam a terceirização de serviços de TI e a América Latina transformou-se em uma região importante na oferta de outsourcing. Por isso, decidimos implementar o desenvolvimento de uma plataforma regional, na qual se combinam as expertises da Argentina, do Brasil e do México com outras partes do mundo”, completa o presidente da corporação, ao anunciar que a empresa já atende 58 mil clientes em 40 países.
