Toque de Midas: o que considerar ao abrir sua loja em marketplaces

Toque de Midas: o que considerar ao abrir sua loja em marketplaces

Por Zoë Póvoa, cofundadora da Ozllo, hub de serviços para varejistas de moda

O ano de 2021 fecha com um crescimento ímpar do e-commerce: considerando apenas o primeiro semestre no ano, houve uma movimentação de mais de R$ 53,4 bilhões em compras pela internet – 31% a mais do que no mesmo período de 2020, quando já estava em alta.

Nesse cenário, os marketplaces estão ganhando espaço, em especial nas categorias de moda, beleza e cuidado pessoal, que representam 19% e 9% das vendas, de acordo com o Melhor Envio. Estima-se que 80% do que é movimentado no e-commerce é fruto de uma venda em algum dos principais marketplaces do país. Portanto, para estar bem-posicionado no mundo digital, é essencial que se esteja presente também em algum desses canais, e isso entra na questão do que deve ser considerado para ter sucesso de vendas nas plataformas.

Os grandes nomes do varejo têm altas verbas para investimento em aquisição de clientes e impulsionamento de anúncios, por exemplo. Ou seja, além de usufruir do público que acessa ativamente os marketplaces (algo em torno de 40 milhões de acessos/ mês), ao possuir uma loja nestes canais, o cliente conta também com mais exposição nas ferramentas de SEO e ranqueamento dos buscadores, reforçando uma maior visibilidade e, consequentemente, vendas de seus produtos.

Para entrar em marketplaces, é importante avaliar se a empresa consegue trabalhar com um estoque de segurança a fim de garantir a perpetuidade dos anúncios e o crescimento sustentável de sua loja conforme ela ganha relevância a cada venda bem executada. Não deve ser preferencialmente uma solução para vender poucos itens ou queimar uma coleção limitada em número de produtos, pois quando a loja começar a performar não será possível se manter online.

Outro fator importante é conseguir entregar as encomendas seguindo os prazos de despacho exigidos pelos parceiros, já que, em caso de atraso, o lojista é penalizado com a perda de relevância, o que se desdobra em outras alavancas nessas plataformas.

Estar presente de maneira sólida e consistente nos marketplaces exige um investimento significativo no time responsável por esses canais. Isso porque é necessário negociar taxas e assinar contratos, realizar integrações e de-para de categorias (próprias de cada canal), bem como gerenciar e otimizar anúncios, vendas, recebíveis, atendimento aos clientes e entregas.

Além do mais, utilizando esse meio, as lojas não precisam aumentar o time ou onerar a equipe e já se fazem presentes com uma boa reputação, já que é loja oficial nestes canais.

A resistência que antes havia em comprar roupas, sapatos e produtos de beleza pela internet diminui, e isso abre espaço para que as marcas ganhem visibilidade na web, tanto em lojas próprias quanto nos marketplaces.

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