Por Paulo Justino, CEO da FCJ Venture Builder
Todos os caminhos podem levar à Roma, como ensina o ditado popular, mas nem todos irão levar as empresas à tão desejada inovação nos processos. Garantir uma nova visão no modelo de negócio, incluindo na atuação dos colaboradores e na oferta de produtos e serviços, é um dos requisitos primordiais em um cenário de intensa transformação digital.
Entretanto, não é uma tarefa fácil. Até porque, mais importante do que a estrada a ser trilhada, é saber quem estará a seu lado nessa empreitada. Hoje, ninguém faz nada sozinho – e por isso a aliança entre venture builders, corporações e startups surge como uma proposta eficiente para alcançar a inovação. Confira cinco motivos que mostram por que essas organizações devem andar lado a lado:
1 – Alinhamento de objetivos e de culturas
Há uma década, o segredo das startups, independentemente do setor em que atuam, era a capacidade de entregar soluções tecnológicas que resolviam problemas específicos de sua área e/ou público. Agora, com a infinidade de empresas que atuam nos mais diversos segmentos, é preciso que esses empreendedores busquem alinhar seus próprios objetivos e a cultura de inovação com as corporações e as venture builders, entidades que têm ampla participação no mercado e sabem orientar o melhor caminho.
2 – Conexão e integração de processos
O alinhamento de expectativas não é útil apenas para indicar possíveis caminhos para o desenvolvimento de produtos e serviços realmente inovadores, mas também para ampliar o rol de parceiros e networking de uma startup no mercado nacional. Em muitos casos, contar com essa abertura entre as corporações pode ser o diferencial que faltava para escalar determinada solução, mostrando na prática os benefícios que ela promete entregar. Com essa aproximação, fica mais fácil abrir essas oportunidades.
3 – Planejamento estratégico
Não há dúvida de que uma das principais dificuldades das startups é justamente a capacidade de sobrevivência e crescimento. A maioria dos empreendedores tem a disposição, força de vontade e uma boa ideia na cabeça, mas sem uma gestão adequada e o desenvolvimento minucioso de um planejamento estratégico dificilmente consegue se destacar. Nesse ponto, a experiência e robustez das corporações e das venture builders são essenciais, mostrando os melhores caminhos para potencializar a gestão da empresa como um todo.
4 – Redução do risco do investimento
As relações entre corporações e venture builders com startups são de negócio, mas também são de investimento – e, como tal, têm riscos que são levados em conta pelas empresas antes de alocarem seu dinheiro. É como investir em ações: a pessoa analisa a possibilidade de retorno e pesa se o risco compensa, ou não, essa decisão. Nesse caso, contudo, é possível reduzir esse perigo justamente com a aproximação entre as organizações. Quando elas estão alinhadas, fica mais fácil identificar o que está em jogo e quais caminhos serão seguidos para se atingir os objetivos traçados.
5 – Maior economia e relação custo-benefício
Por fim, um trabalho em conjunto entre startups, venture builders e corporações traz mais economia e promove uma relação mais vantajosa de custo-benefício. A lógica é simples, na verdade. Para a startup, é a possibilidade de desenvolver suas soluções de acordo com as demandas de mercado, reduzindo gastos com testes e pesquisas para se chegar ao produto mínimo viável. As corporações, por sua vez, ganham ferramentas inovadoras com preço justo para potencializar suas operações. Já as venture builders conseguem potencializar o retorno do investimento, posicionando suas empresas parceiras na vanguarda de novidades e de referência no setor em que atuam. É uma verdadeira relação “ganha-ganha” para todos.