Uso de biometria em Saúde deve gerar receita anual de 3,5 bilhões de dólares em 2024

Pesquisa desenvolvida pela consultoria norte-americana Tractica aponta que a indústria da saúde é um dos segmentos mais digital-worldpromissores em termos de implantação de identificação biométrica – devendo gerar receita de 3,5 bilhões de dólares por ano em 2024, com taxa de crescimento anual de 34%. Em 2015, esses ganhos foram de apenas 250 milhões de dólares. As principais vantagens, segundo o estudo, provêm de processos administrativos mais ágeis, diminuição de erro e redução de fraude. Ainda assim, a consultoria reconhece que se trata de um mercado muito iniciante e um grande desafio para as equipes comerciais – que são mais bem-sucedidas quanto mais conseguem demonstrar, para os gestores de saúde, os pontos altos da tecnologia biométrica. De acordo com Phil Scarfo, vice-presidente global de vendas e marketing da HID Biometrics – líder mundial no fornecimento de sensores de impressão digital de imagem multiespectral – como o setor de saúde é altamente regulamentado e automatizado, quanto menos tempo investir em processos burocráticos, mas tempo poderá dedicar ao aperfeiçoamento da experiência dos pacientes. 

 

Scarfo ressalta que os quatro principais usos da biometria em saúde são: 1. Identificação e autenticação de médicos e colaboradores; 2. Identificação e autenticação de pacientes; 3. Controle de acesso a medicamentos de uso restrito; 4. Controle de vacinação e histórico de saúde dos pacientes. “O uso da identificação biométrica na área da saúde tem crescido como consequência do amadurecimento dos requisitos regulatórios. Gestores de hospitais, clínicas e laboratórios têm de contar com uma tecnologia de autenticação que seja totalmente eficaz, facilitando vários processos e impedindo eventuais fraudes. Com o uso da biometria, há um ganho muito importante no fluxo de trabalho. Além disso, quando combinada com a tecnologia de radiofrequência (RFID), essa biometria permite dar um grande passo em termos de gestão. Imagine um ‘hospital do futuro’, em que essa combinação de tecnologias permite identificar o paciente assim que ele dá entrada no hospital (autenticação biométrica) e depois, com uma pulseira de radiofrequência, rastrear todos os procedimentos adotados até que ele receba alta médica. Essa combinação seria especialmente eficaz na redução de erros médicos e desperdício de material, aumentando a eficiência operacional e melhorando a experiência do paciente”.

 

Outro ponto importante da tecnologia da HID Biometrics é ser a mais capacitada para ler impressões digitais em condições adversas – situação muito comum na área da saúde. “A higiene frequente das mãos, o uso intensivo de produtos químicos e de limpeza, dedos úmidos ou secos, além de uma ampla gama de dados demográficos de usuários, tornam o registro e a autenticação biométricos complexos e desafiadores. Somente a tecnologia de imagem multiespectral oferece desempenho superior e confiável em todas essas situações”, diz o executivo. A tecnologia de imagem multiespectral identifica rapidamente o usuário (colaborador/médico/paciente) já na primeira tentativa de uso – mesmo que o dedo não esteja em perfeitas condições. Ao utilizar vários espectros de luz e técnicas avançadas de polarização para extrair características únicas da impressão digital, identifica tanto as características da superfície da pele, quanto de uma camada interna, irrigada pela corrente sanguínea. A imagem multiespectral da impressão digital tem excelente qualidade, identificando imediatamente o usuário e, inclusive, revelando fraudes quando o acesso é realizado por um impostor, com impressões digitais falsas.

 

Numa comparação com outros sensores digitais disponíveis no mercado, Scarfo destaca a superioridade dessa tecnologia em relação aos demais leitores capacitivos e ópticos. “No leitor óptico, o usuário coloca o dedo num acrílico transparente. Já no capacitivo, o dedo é pressionado sobre um chip, uma peça opaca. O primeiro apresenta maior área de captura de imagem. Entretanto, alguns são de qualidade muito inferior, exigindo manutenção e substituições frequentes, gerando problemas com clientes. Além disso, muitos sensores se mostram insuficientes para evitar fraudes.  Uma vez que o sensor de imagem multiespectral trabalha normalmente diante de situações adversas e é capaz de ler a impressão digital de uma pele avariada com precisão, estimamos que esses sensores classifiquem corretamente a maior parte dos usuários”.

 

Em linhas gerais, quanto mais se investe em sensores de identificação biométrica de alta qualidade, maior, também, é a garantia de que esse tipo de tecnologia agiliza processos, aumenta o controle, previne erros médicos e impede o acesso de pessoas não-autorizadas a determinadas substâncias controladas. O executivo da HID Biometrics destaca, também, o uso da biometria no acesso a registros médicos e na prescrição eletrônica – que são atividades fortemente regulamentadas e também estão sendo apoiadas pela autenticação biométrica. “As tecnologias adotadas pelos hospitais, hoje em dia, permitem fácil integração com sensores de impressão digital. Isso significa que a identificação e o gerenciamento do acesso estão sendo protegidos e simplificados com o toque de um dedo”.

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