Proteção de Dados: estratégias, desafios e tendências para garantir a segurança bancária

Proteção de Dados: estratégias, desafios e tendências para garantir a segurança bancária

Por Fernando Malta, Head de Segurança da Informação da Sinqia

 

Pode não ser de conhecimento geral da população, mas existe um tratado internacional sobre proteção de dados, que celebra os direitos individuais e também ressalta a conformidade legal, a confiança nas empresas que adotam padrões de proteção de dados e o fortalecimento da segurança cibernética em um mundo cada vez mais digital e conectado.
 

Pensando no setor financeiro, podemos dizer que o avanço tecnológico transformou profundamente o mercado e as expectativas dos consumidores nos últimos anos. A digitalização não é apenas uma moda passageira, mas sim uma revolução na forma como as transações financeiras ocorrem. A segurança dos dados bancários dos usuários tornou-se uma prioridade inegociável para as plataformas, com a adoção de criptografia, protocolo HTTPS, autenticação dupla e conformidade com padrões de segurança como PCI DSS e ISO27001.
 

As empresas, globalmente falando, têm se empenhado em se adequar às rigorosas normas de proteção de dados, como a GDPR na Europa e a LGPD no Brasil. A implementação de políticas de privacidade claras, designação de Encarregado de Dados (DPO), avaliações de impacto de dados, treinamento de conscientização, planos de resposta a incidentes e controles robustos de segurança são práticas fundamentais adotadas para garantir a conformidade legal.
 

Com o aumento do volume de informações e o avanço da tecnologia, a aplicabilidade de ferramentas de segurança fica cada vez mais simples e segura. Um ponto de destaque é o uso massivo da inteligência artificial para aprimorar a detecção de atividades suspeitas baseada no comportamento do cliente; aliada a tokenização em todas as etapas da transação financeira, substituindo dados reais por tokens e uso do blockchain para garantir a integridade dos dados.
 

À medida que a conscientização dos consumidores aumenta sobre a necessidade de proteção de seus dados, a expectativa pela transparência sobre o uso dos dados também cresce. Esses clientes estão, cada vez mais, buscando por instituições com aplicação de controles de segurança para evitar o risco de vazamento de informações, notificação de incidentes, consentimento sobre o uso de dados, uso ético da informação, conformidade com as regulamentações e leis, além de penalização para violações de dados. As empresas que atendem a essas expectativas são mais propensas a manter o relacionamento mais duradouro com seus clientes e a sociedade.
 

Por fim, o consumidor também precisa estar atento à segurança de seus próprios dados e são as empresas que devem fornecer bases educativas para isso. A educação do público tem também um papel crucial na proteção de dados e as empresas são agentes-chave nesse processo. Fornecer informações claras sobre políticas de privacidade, realizar campanhas de conscientização e disponibilizar controles de segurança intuitivos, são ações fundamentais para fortalecer o relacionamentos com os clientes e a sociedade como um todo.

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