Certas tendências vindas com a pandemia têm se acelerado e podem se firmar em 2022, como é o caso do autoatendimento, que se tornou um novo hábito de consumo nos últimos anos, já que a grande maioria das pessoas valorizam muito o seu tempo e não querem desperdiçá-lo com horas na fila de um caixa.
Segundo pesquisa divulgada pela Global Market Insights, em 2020 o setor de autoatendimento ultrapassou $3,5 bilhões e a projeção é aumentar mais ainda, prevendo chegar em 2027 com $6,5 bilhões.
Segundo Celso Rumão, CCO da VMtecnologia, empresa que presta serviços de software para o mercado de autoatendimento, esse aumento acontece porque na maioria dos pontos de venda pode-se operar durante 24 horas, também sendo possível estabelecer lojas em espaços compactos, ou seja, com uma redução significativa nos custos.
Em um ano, a VMtecnologia investiu nos micromarkets, ou micromercados em português, e aumentou 300% de suas operações em 2021, prestando serviços de software para o mercado de autoatendimento. No mesmo período, a empresa apontou crescimento de 81% no setor de autoatendimento de lavanderias; 414% em micromercados e se manteve estável em relação às vending machines, que são as máquinas de autoatendimento já conhecidas como cafés, snacks, carregadores de celular, etc.
Apenas em janeiro de 2022, já houve mais de 500 adesões para companhias e estabelecimentos diversos obterem a tecnologia de autoatendimento de micromercados e 594 para máquinas de autoatendimento com funcionalidades gerais.
Celso avalia que o autoatendimento funciona muito bem e está em sintonia com os novos comportamentos da sociedade e alguns já estão consolidados, como lanchonetes, cafés e redes de fast food. "Temos também os caixas automáticos e os totens de check-in em aeroportos, que evitam filas e proporcionam ganho de tempo", diz o executivo.
Com um exemplo de como o autoatendimento é um negócio que veio para ficar, a Lavateria, rede de franquias de lavanderias com autoatendimento, faturou R$ 13 milhões em 2021 e fechou o ano com mais de 160 lojas abertas.
A história das empresas ao longo das décadas mostra que não atender a necessidade de consumo dos clientes derruba grandes empresas. “Os lojistas precisam se preparar para esse novo hábito do consumidor e cabe a nós acompanharmos o quão transformadoras e promissoras essas tendências de fato serão”, finaliza o executivo.