Armazenamento em flash: estamos em 1999 ou 2016?

Por James Honey

 

Armazenamento em flash!

 

Consegui sua atenção? A menos que esteja vivendo fora do Sistema Solar, você sabe que o armazenamento em flash tornou-se um assunto frequente nas conversas sobre TI. Há alguns anos, quando eu era gerente de produto de unidades de estado sólido para empresas, participei de reuniões com diversos fornecedores de flash que demonstravam recursos excelentes dos seus produtos: maior capacidade, melhor desempenho e, claro, menores custos. Hoje, vemos a evolução de todos aqueles produtos, com a chegada de unidades de 15 TB, custos menores de US$ 1 por GB e mais opções de uso de flash no data center. Isso está mudando não só a aparência do armazenamento no data center, como também as funções e as decisões de negócios. honey

 

No entanto, é necessário haver ainda mais conversas sobre práticas recomendadas ao implantar dispositivos flash.

 

Para começar, vamos refrescar um pouco a memória.

 

Se você já trabalha com TI há algum tempo, deve se lembrar da disputa do processador mais rápido que ocorreu no final dos anos 1990 e início dos anos 2000. Quase todos os dias, surgia um processador novo e mais rápido: 450 MHz, 500 MHz, 700 MHz e assim por diante. A Lei de Moore estava a toda a velocidade, e os ciclos de CPU estavam disponíveis em todos os lugares. Isso levou a uma dispersão de servidores, desperdício de recursos e práticas recomendadas de má qualidade, na medida em que havia muito poder de processamento disponível.

 

Em seguida, a virtualização entrou em cena, o que deu início à consolidação de recursos de servidores. Lembro-me de algumas das primeiras soluções de virtualização nas quais trabalhei e a comoção que elas causaram: "Opa, quer dizer que eu posso colocar vários aplicativos em um único servidor e executá-los separadamente? Mas isso não é mainframe?" Foi uma época muito boa, mas as organizações precisaram ajustar o planejamento, a implantação e o gerenciamento de servidores e aplicativos. Os recursos de servidor (CPU e memória) eram compartilhados, e as práticas recomendadas eram necessárias para manter o equilíbrio entre a quantidade ideal de recursos, a fim de cobrir tudo e evitar desperdícios.

 

Vejo esse ciclo se repetir no cenário atual do flash. Geralmente, o simples uso de um dispositivo flash causa um grande salto de desempenho na maioria dos data centers atuais. Mesmo sem ajustar configurações, um dispositivo flash pode garantir um desempenho muito melhor do que uma solução de disco rígido. No entanto, o que acontece com dúvidas como "O dispositivo flash ajudou a reduzir o tempo de execução do relatório de 12 horas para quatro, mas como podemos chegar a uma hora?" ou "O aplicativo funciona muito bem nesse dispositivo flash, mas precisamos desse mesmo desempenho em um novo aplicativo; podemos usar o dispositivo com ele também?"

 

Como diz o ditado, "se você construir, eles virão". Ou, neste caso, "se você tiver desempenho disponível, eles usarão". O gerenciamento quer garantir que todos os investimentos sejam maximizados e otimizados.

 

Com tudo isso em mente, vamos cobrir algumas práticas recomendadas que devem sempre fazer parte de uma implantação de dispositivo flash:

 

  • Entenda TODOS os congestionamentos – O armazenamento sempre esteve no fim da lista dos suspeitos de problemas de desempenho dos aplicativos e, na maioria das vezes, isso era compreensível. No entanto, como todos nós sabemos, há diferentes níveis de "congestionamento" no caminho dos dados. É necessário ter uma imagem clara e consistente de todos os congestionamentos no seu caminho de dados para maximizar os investimentos em flash.

 

  • Entenda as diferenças entre desempenhos "inéditos" e "estáveis" – O armazenamento em flash é mesmo muito rápido. Mas qual é o nível de consistência dessa velocidade? À medida que o flash preenche os dados, há uma queda de desempenho causada por vários processos que ocorrem no nível da unidade. Ter conhecimento disso e entender os limites da sua matriz são essenciais para o sucesso a longo prazo.

 

  • Entenda as necessidades do seu aplicativo – Isso pode parecer óbvio, mas muitas pessoas caem na armadilha de optar apenas pelo mais rápido. Os aplicativos podem ter necessidades diferentes, e entendê-las no seu data center ajudará a otimizar a maneira como o dispositivo flash é usado.

 

Resumindo, o armazenamento em flash é uma ótima tecnologia que está transformando o desenvolvimento das empresas.  No entanto, incluí-lo no seu data center sem uma abordagem disciplinada de planejamento, implantação, gerenciamento e monitoramento de armazenamento em flashcausará problemas no percurso, ou pelo menos fará com que os problemas que você estava tentando resolver no início reapareçam. Talvez você não consiga vê-los agora (o desempenho do flash pode ocultar o mau planejamento), mas acredite: eles surgirão mais cedo ou mais tarde

 

James Honey, gerente de marketing de produto sênior da SolarWinds

 

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